Jason Schmidt, conhecido por seu papel como Sodapop na versão teatral de “The Outsiders”, conversou conosco sobre sua conexão com o personagem, sua trajetória de atuação e sua incursão na música e composição de canções. A entrevista, realizada no Teatro Jacobs, também marcou o lançamento de seu novo single, “7 Stars”.
Conexão com Sodapop e lições de vida
Schmidt explicou que sua relação com o personagem reflete sua própria personalidade de “agradável, jovial e que gosta de fazer os outros rirem”. Ele comentou que, assim como Sodapop, é alguém que busca manter uma atmosfera leve, mesmo diante de situações difíceis. “Soda ensina sobre a acalmar-se e seguir o fluxo da vida, algo que estou aprendendo a fazer mais”, afirmou.
Ele relembrou que cresceu ouvindo seu pai ler “The Outsiders” para ele e suas irmãs, o que criou uma forte ligação emocional com a obra. “Desde criança, imaginei os Socs como figuras assustadoras, e o modo como eles aparecem na peça traz essas lembranças à tona”, disse.
Humor, emoções e cenas marcantes
Apesar de Soda incluir momentos de humor, há cenas profundas e emotivas, especialmente no final do segundo ato. Schmidt destacou que o personagem usa o humor como defesa emocional, uma reflexão que também representa sua interpretação. “A atuação se torna natural porque a escrita do texto é incrível e me ajuda a manter o realismo”, explicou.
O impacto da música na performance
Schmidt adora interpretar “Throwing in the Towel” e ressaltou a conexão entre irmãos que essa música retrata. Ele afirmou que esses momentos são especiais tanto para os atores quanto para o público, fortalecendo vínculos e emoções no palco. “Transmitir essa energia entre os irmãos é uma parte muito gratificante do meu trabalho”, comentou.
Experiências nos bastidores e cenas icônicas
Durante a conversa, ele compartilhou que o ambiente nos bastidores é descontraído, com brincadeiras e criatividade. “Adoro conversar com meus colegas e criar pequenas melodias e piadas”, afirmou. Sobre a famosa cena do ruflo, Schmidt disse que, apesar do movimento caótico, ela é controlada por uma preparação cuidadosa, com muitos risos entre os atores.
Quando participou do Tony Awards de 2024, lembra-se de ter sentido uma adrenalina única. “Foi uma sensação de pura energia, uma das melhores experiências da minha vida”, revelou.
De ator a compositor: a inspiração por trás de “7 Stars”
Schmidt revelou que a paixão pela música nasceu de amizades na faculdade, onde começou a escrever suas próprias composições. Para ele, a música é uma forma de autoexploração, um processo de autoconhecimento pelas letras e melodias. “Minha última faixa, ‘7 Stars’, foi uma experiência especial, feita com meu produtor Simon Gooding, que rapidamente se tornou uma parceria importante”, destacou.
Inspirado pelo desejo de deixar a cidade natal, Arlington Heights, e explorar o mundo, ele escreveu a música como uma narrativa de quem sente vontade de partir, mas também de quem carrega um espírito de aventureiro. “É uma sensação de ‘destino de ir embora’, uma energia que muitos de nós compartilhamos”, explicou.
Próximos passos na música e diferenças entre palco e shows
Schmidt compartilhou que está focado em solidificar seu estilo musical, com uma identidade mais definida após anos de experimentações. “Estou muito empolgado com o que vem pela frente, porque sei exatamente o que quero transmitir”, afirmou.
Sobre as diferenças entre atuar na Broadway e fazer shows musicais, ele disse que a principal vantagem do teatro é a preparação meticulosa e a execução controlada. Já em performances ao vivo, ele valoriza a espontaneidade e a conexão direta com o público. “No palco do concerto, é mais livre, mais autêntico — é uma troca genuína”, concluiu.
Perspectivas e agradecimentos finais
Schmidt finalizou agradecendo o apoio dos fãs e destacando o quanto está animado com o lançamento de “7 Stars” e com o futuro da sua carreira artística. Para quem deseja acompanhar seu trabalho, ele recomenda seguir suas redes sociais, como Instagram e TikTok, além de ouvir sua nova música em plataformas de streaming.
