Teresina – O Brasil encerrou o domingo (28) com um desempenho notável nas Olimpíadas de Paris 2024, assegurando três medalhas em menos de meia hora e deixando para trás a decepção do primeiro dia de competições. Depois de um início sem pódios no sábado, o país mostrou sua força e recuperação, destacando-se no judô e no skate.
No sábado, o Brasil não conseguiu subir ao pódio. Os nadadores Guilherme “Cachorrão” Costa e Mafê Costa terminaram as finais dos 400m livre em quinto e sétimo lugares, respectivamente. Eliminações no judô e na esgrima também contribuíram para um começo desanimador, contrastando com o início vitorioso das edições anteriores em Londres-2012 e Rio-2016.
No entanto, o domingo trouxe novas esperanças e resultados. A primeira medalha do Brasil saiu pouco antes das 13h (horário de Brasília), com o judoca Willian Lima conquistando a prata na categoria até 66 kg. O paulista de Mogi das Cruzes, estreante em Olimpíadas, venceu quatro lutas antes de ser derrotado na final pelo japonês Hifumi Abe, campeão olímpico em Tóquio-2020. “É muito duro perder uma final, mas fico feliz porque falei que ia chegar aqui e conquistar uma medalha, sair do pódio e colocar no pescoço do meu filho [Dom, de nove meses]”, disse Willian.
Pouco depois, a judoca Larissa Pimenta garantiu o bronze na categoria até 52 kg ao vencer a italiana Odette Giufrida, atual campeã mundial, no ponto de ouro, graças ao acúmulo de punições da rival. “Ainda não acredito, mas consegui”, afirmou Larissa, que competiu em Tóquio e treina no clube Pinheiros, em São Paulo.
Na mesma tarde, Rayssa Leal, a “Fadinha do Skate”, conquistou o bronze no skate street, com um desempenho que a colocou atrás das japonesas Coco Yoshizawa e Liz Akama. Aos 16 anos, a maranhense de Imperatriz celebrou sua segunda medalha olímpica, tornando-se a atleta brasileira mais jovem a alcançar tal feito. “Foi coisa linda. Estava cansada, o sol desgastou bastante, mas consegui minhas manobras, fiquei muito feliz”, declarou Rayssa.
O dia de conquistas quase foi ainda mais brilhante com a performance da canoísta Ana Sátila no caiaque K1. Em sua quarta Olimpíada, a mineira terminou em quarto lugar, seu melhor desempenho olímpico até hoje.
O Brasil encerrou o dia em 13º lugar no quadro de medalhas, com uma prata e dois bronzes, enquanto os EUA lideravam com 12 medalhas. O desempenho do domingo trouxe novo ânimo ao Time Brasil e mostrou que o país tem potencial para brilhar em modalidades em que ainda busca seu primeiro pódio, como tênis de mesa, ginástica rítmica e tiro com arco.
Rogério Sampaio, diretor-geral do COB, destacou a importância dessas conquistas e a possibilidade de crescimento do Brasil no quadro de medalhas. As próximas competições prometem novas emoções e a chance de o Brasil continuar a subir no ranking olímpico.