Teresina, 22 de novembro de 2024
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Pesquisar
Close this search box.

Senado Federal aprova marco regulatório para produção de Hidrogênio Verde

Planta de indústria de produção de Hidrogênio Verde

O Senado Federal concluiu a votação do projeto de lei que estabelece o marco regulatório para a produção de hidrogênio verde (PL 2.308/2023). Aprovado inicialmente pela Câmara dos Deputados, o projeto volta agora para a casa de origem após sofrer modificações no Senado. O relator, senador Otto Alencar (PSD-BA), incorporou emendas dos senadores e rejeitou os destaques pendentes, mantendo o texto do seu relatório.

Estrutura da Nova Legislação

O projeto de lei cria a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono e institui o Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro), além de lançar o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC). Esses dispositivos têm como objetivo fomentar a produção e utilização desse combustível, considerado essencial para a transição energética.

Incentivos e Benefícios Fiscais

O programa Rehidro prevê a suspensão de tributos como PIS/Pasep e Cofins, incluindo os de importação, sobre a compra de produtos e matérias-primas destinadas à produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Esses incentivos fiscais terão uma vigência de cinco anos, favorecendo a competitividade do hidrogênio no mercado.

Yuri Arraes Fonseca de Sá, sócio do escritório Ernesto Borges Advogados e especialista em pautas ESG, destaca a importância desses incentivos: “A regulamentação do setor e as políticas fiscais são essenciais para atrair investimentos e desonerar a transição para uma economia verde, aumentando o reconhecimento internacional do Brasil.”

Produção de Hidrogênio Verde

A produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono inclui diversas fontes renováveis como biomassas, etanol e outros biocombustíveis, além do processo de eletrólise da água utilizando energias solar, eólica, hidráulica, entre outras. O projeto visa incentivar essa diversidade de fontes, promovendo uma matriz energética sustentável.

Debate e Divergências

Durante a sessão de votação, o senador Cid Gomes (PSB-CE) tentou adiar a decisão para buscar acordo sobre os destaques do projeto, mas não obteve sucesso. Gomes propôs que a energia elétrica utilizada na produção de hidrogênio verde fosse proveniente de novas fontes adicionadas ao sistema, argumentando que isso aumentaria os investimentos no setor. No entanto, o relator Otto Alencar defendeu que a atual matriz energética do Brasil é suficiente para atender a demanda, sem a necessidade de novos critérios.

Participação de Empresas e Certificação

Além das empresas produtoras de hidrogênio de baixo carbono, aquelas envolvidas em transporte, distribuição, armazenamento e comercialização também poderão participar do Rehidro. Empresas que produzem biogás e energia elétrica a partir de fontes renováveis destinadas à produção de hidrogênio serão beneficiadas pelos incentivos fiscais.

O projeto estabelece um sistema brasileiro de certificação para empresas produtoras de hidrogênio, a ser realizado por uma autoridade competente, garantindo a qualidade e sustentabilidade do processo produtivo.

Créditos Fiscais

A proposta inclui a concessão de crédito fiscal da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para operações de compra e venda de hidrogênio de baixa emissão de carbono e seus derivados. Esses créditos poderão ser usados para pagar tributos federais ou ressarcidos em dinheiro, respeitando limites anuais previstos no projeto.

Fonte: Brasil 61 – Brasil 61

PUBLICIDADE
CONTEÚDO RELACIONADO
PUBLICIDADE
VEJA +

Notícias

Institucional

Para você

Notícias

Institucional

Para você