Brasil, 7 de agosto de 2025
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Deputados ocupam Mesa Diretora da Câmara em protesto por Bolsonaro

Parlamentares se mobilizam em resposta à ordem de prisão domiciliar contra Jair Bolsonaro, prometendo não deixar o local.

Na noite desta quarta-feira (6/8), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) transmitiu uma live diretamente da ocupação da Mesa Diretora da Câmara, onde reafirmou a determinação dos parlamentares de não abandonar o local, mesmo diante da possibilidade de ação da Polícia Legislativa. “Quer cassar nosso mandato, que se dane!”, declarou o deputado, demonstrando sua disposição em enfrentar as consequências.

A mobilização como resposta à prisão domiciliar de Bolsonaro

A ocupação da Câmara aconteceu em resposta à ordem de prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na última segunda-feira (4/8). Essa decisão enraizou o clima político, intensificando as tensões entre apoiadores de Bolsonaro e a oposição.

Nikolas Ferreira e a contagem regressiva para a sessão

Durante a ocupação, Nikolas Ferreira fez uma contagem regressiva para o início da sessão marcado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para as 20h30. A sessão será realizada virtualmente, já que os deputados da oposição continuam a obstruir os trabalhos legislativos. Os parlamentares utilizaram o espaço para gritar por respeito ao Congresso, intensificando a pressão sobre a mesa diretora.

“Eles não achavam que a gente teria coragem de permanecer. Ninguém aqui tem apego ao cargo, a gente tem apego ao Brasil […] Quer cassar nosso mandato, que se dane!”, reafirmou Nikolas sobre os riscos de suspensão de mandato.

O clima era intenso, com os parlamentaristas demonstrando união e determinação. A norma do Regimento Interno da Câmara, que pode levar à suspensão temporária do mandato, foi citada por Motta como um alerta aos deputados em relação à ocupação, mas isso não intimidou os mobilizados.

Um clamor por pautas legislativas

Nikolas Ferreira enfatizou que o grupo não estava ali como minoria, mas sim representando uma maioria significativa na Câmara, com mais de 300 assinaturas de apoio para pautar a anistia. “Estamos de forma serena pedindo que o Hugo Motta respeite a maioria dos deputados”, salientou.

A animação na Câmara reflete um desgosto palpável entre os deputados da oposição em relação à prisão de Bolsonaro, que foi determinada por irregularidades relacionadas ao desrespeito às medidas cautelares impostas pelo STF. A mobilização vai além da ocupação da Câmara, com senadores também se manifestando e ocupando espaços semelhantes no Senado.

Cobrança por um “pacote da paz”

Os parlamentares da oposição têm exigido, há mais de 24 horas, que um “pacote da paz” seja votado para que suas obstruções cessem. Entre as demandas estão a votação do projeto de lei de anistia para aqueles que participaram dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, o fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Essa movimentação evidência o turbilhão político em que o Brasil se encontra, com diversas vozes clamando por mudanças e por um entendimento mais pacífico nas relações entre os poderes. A situação atual revela as fortes divisões no cenário político brasileiro, que parecem longe de se resolver, ao contrário, apenas se intensificam com ações e reações de ambos os lados.

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