O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, planeja concentrar seus esforços na reforma do Banco Mundial e no incentivo a outros bancos multilaterais de desenvolvimento para aumentar os empréstimos destinados a projetos de infraestrutura e mudanças climáticas. O anúncio foi feito pela Casa Branca na terça-feira, à medida que o país se prepara para a próxima cúpula do G20 na Índia.
Reforma do Banco Mundial
Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, afirmou que um dos principais focos dos EUA no G20 será “cumprir uma agenda que remodela e amplia fundamentalmente os bancos multilaterais de desenvolvimento, especialmente o Banco Mundial”. A administração Biden está pressionando o Banco Mundial a aliviar a pobreza global e a servir como uma alternativa aos empréstimos estrangeiros da China.
Novas diretrizes e financiamento
O novo CEO do Banco Mundial, Ajay Banga, tem defendido a expansão de programas voltados para as mudanças climáticas e a fome. Além disso, a Casa Branca solicitou ao Congresso um financiamento adicional de 3,3 bilhões de dólares em agosto para “expandir materialmente o desenvolvimento e o financiamento de infraestruturas” através do Banco Mundial.
Concorrência com a China
A solicitação de financiamento adicional visa oferecer aos países uma “alternativa credível à República Popular da China” em relação a empréstimos e projetos de infraestrutura que são considerados “coercitivos e insustentáveis”.
Alívio da Dívida
Além da reforma do Banco Mundial, Biden também apelará ao G20 para fornecer alívio significativo da dívida aos países de baixo e médio rendimento, segundo Sullivan. “Sabemos que estas instituições são algumas das ferramentas mais eficazes que temos para mobilizar investimentos transparentes e de alta qualidade nos países em desenvolvimento”, disse ele.
A iniciativa de Biden de reformar o Banco Mundial e outros bancos multilaterais de desenvolvimento representa um esforço significativo para modernizar as instituições financeiras globais e oferecer alternativas sustentáveis aos países em desenvolvimento.
Com a cúpula do G20 se aproximando, os olhos do mundo estarão voltados para como essas propostas serão recebidas e implementadas.
A ação também é vista como uma resposta ao movimento do BRICS através do Novo Bando de Desenvolvimento, liderados por China, Rússia e Brasil. Em agosto, o BRICS anunciou a entrada de novos integrantes. O chamado Bando do BRICS hoje é presidido pela ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
O presidente Lula vai assumir a presidência do grupo de países ainda este ano.