Brasil, 9 de agosto de 2025
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Nove mortes em acidentes de paraquedismo e balonismo em Boituva

Nove pessoas perderam a vida em acidentes envolvendo paraquedismo e balonismo em Boituva desde 2022, aumentando as preocupações com a segurança.

Boituva, conhecida como a capital do paraquedismo no Brasil, tem enfrentado um aumento preocupante no número de acidentes fatais relacionados às modalidades de paraquedismo e balonismo. Desde 2022, a cidade registrou nove mortes, um número alarmante que levanta questões sobre a segurança nas práticas esportivas que atraem aventureiros de todo o país.

Fatalidade recente destaca riscos na prática

A situação mais recente aconteceu no último sábado (2), quando Thomas Storino Britis, um empresário de 44 anos, morreu ao colidir com outro paraquedista durante uma queda livre. O incidente ocorreu no Centro Nacional de Paraquedismo (CNP), em Boituva. O outro atleta envolvido no acidente foi socorrido e encaminhado a um hospital em São Paulo.

O número crescente de fatalidades reforça a percepção de que a segurança deve ser uma prioridade nas operações de paraquedismo e balonismo. Apenas em junho, outra tragédia foi registrada quando a psicóloga Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos e grávida, morreu na queda de um balão, que ocorria durante uma comemoração do Dia dos Namorados. O acidente deixou ainda 11 feridos leves e levanta uma série de questões sobre regulamentação e segurança dessas atividades.

Histórico de acidentes em Boituva

Os índices de fatalidade em Boituva associam-se a uma prática intensa de paraquedismo, com quase 20 mil saltos realizados mensalmente. Entre 2022 e 2024, a cidade registrou uma série de incidentes trágicos. No total, quatro mortes ocorreram em 2022, e em 2023 e 2024, foram contabilizadas duas mortes, uma em cada ano. Esses números somados criam um padrão preocupante que precisa ser analisado.

Acidentes do passado recente

Os acidentes mais notáveis incluem:

  • Octubro de 2024: Carolina Muñoz Kennedy, uma paraquedista profissional chilena de 40 anos, morreu ao enfrentar uma falha em seu paraquedas. Uma pane no paraquedas principal e problemas com o paraquedas reserva foram apontados como causas do acidente.
  • Julho de 2023: Rodrigo de Barros Aleixo de Souza, um experiente paraquedista, morreu após uma queda ocorrida em alta velocidade. Ele ficou internado por 11 dias antes de falecer.
  • Outubro de 2023: Humberto Siqueira Nogueira, de 49 anos, colidiu com o solo durante uma manobra de pouso, levando à sua morte.
  • Abril de 2022: Bruna Ploner, sargento do Exército, sofreu politraumatismo após um acidente durante o pouso e não sobreviveu.
  • Maio de 2022: André Luiz Warwar e Wilson José Romão Júnior perderam a vida em um pouso de emergência de um avião com diversos paraquedistas.
  • Julho de 2022: Andrius Jamaico Pantaleão faleceu após colidir com o telhado de uma casa devido a um problema na abertura do seu paraquedas.

Medidas de segurança e regulamentação

Após os acidentes, autoridades locais, incluindo a prefeitura de Boituva, iniciaram uma investigação mais rigorosa para regulamentar as práticas de balonismo, especialmente após o acidente de junho que resultou na morte de Juliana. O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) está encarregado de analisar as causas e circunstâncias dos acidentes, incluindo a operação irregular de atividades de risco.

Dentre as novas medidas adotadas, destacam-se a obrigatoriedade de comunicação prévia dos voos e a criação de um portal de consulta para informar a população sobre as empresas autorizadas e as condições meteorológicas para voos. Assim, a prefeitura busca proporcionar um ambiente mais seguro para aqueles que desejam praticar esportes aéreos.

Ponto de atenção para os amantes do paraquedismo

As estatísticas de mortes em Boituva devem servir como um alerta tanto para os praticantes quanto para as autoridades competentes. Com um aumento contínuo nas atividades de paraquedismo e balonismo, a demanda por uma maior fiscalização e melhores práticas de segurança é inegável. Para os que desejam experienciar essa modalidade, é vital priorizar a segurança e estar informado sobre os riscos inerentes, além de optar por empresas que sigam rigorosamente as regulamentações da atividade.

A cidade de Boituva, com seu Centro Nacional de Paraquedismo, continua atraindo aventureiros, mas estas tragédias crescentes representam um chamado à ação para a segurança e regulamentação adequada, garantindo que o prazer do salto não se transforme em dor e perda.

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