Em Teresina, a política, como sempre, tem seus mistérios que, por vezes, surpreendem até os mais atentos observadores. A disputa interna do PT pela candidatura a prefeito da cidade, envolvendo os deputados estaduais Fábio Novo e Franzé Silva, é um desses enigmas que se desenrolam nos bastidores.
Segundo o jornalista Elivaldo Barbosa, da TV Cidade Verde, parece que a cúpula do partido decidiu dar um passo atrás na democracia interna. Ao invés de permitir que os membros do diretório municipal votem e decidam quem será o candidato, optou-se por um “consenso”. Até o final de agosto, será definido, sem votação, se Franzé Silva ou Fábio Novo será o nome do PT na corrida pelo Palácio da Cidade em 2024.
A decisão, claro, levanta questionamentos. O que leva um partido, historicamente ligado à luta pela democracia, a optar por um consenso interno, evitando a votação? Seria uma estratégia para evitar divisões internas ou um simples atalho para acelerar decisões?
Fábio Novo e Franzé Silva são nomes de peso dentro do PT. Ambos têm suas trajetórias, suas bases e, certamente, suas visões para Teresina. A escolha de um deles, sem o crivo da votação, pode gerar desconforto entre os membros do partido e, quem sabe, entre os eleitores.
O PT, ao longo de sua história, sempre se orgulhou de sua democracia interna, de dar voz a todos os seus membros. A decisão de optar pelo consenso, neste caso, pode ser vista como um desvio desse caminho. No entanto, a política, como bem sabemos, é feita de estratégias e movimentos, muitas vezes imperceptíveis ao grande público.
Quem será o candidato do PT a prefeito de Teresina?
O que fica claro é que a corrida pelo Palácio da Cidade em 2024 já começou. E, como em toda boa disputa política, os movimentos iniciais são cruciais. Resta saber se o “consenso” do PT será bem recebido por seus membros e, mais importante, pelos eleitores de Teresina. Por enquanto, aguardamos os próximos capítulos dessa novela política. E que vença o melhor – seja pelo voto ou pelo consenso.