Na manhã desta segunda-feira (4), membros da Opep+ anunciaram um aumento de 547 mil barris por dia na produção de petróleo previsto para setembro de 2025, em comparação com o nível de agosto. A decisão foi comunicada pelo cartel, que inclui países como Arábia Saudita, Rússia e outros, e soma-se ao retorno de 2,2 milhões de barris por dia ao mercado desde o início do ano.
Reversão após anos de cortes e impacto no mercado
Após anos de reduções voluntárias de produção em 2022 e 2023, a Opep+ agora busca recuperar participação de mercado através do aumento de oferta. Segundo analistas, a decisão era esperada diante da necessidade de equilibrar o mercado e retomar participação diante da retomada global do consumo de petróleo. Leia mais.
Reação do mercado e preços do petróleo
Apesar do anúncio, os preços do petróleo tiveram uma leve queda nesta segunda-feira. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em outubro caiu 1,31%, fechando a US$ 68,76. O equivalente americano, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para setembro, recuou 1,55%, cotado a US$ 66,29.
Contexto geopolítico e perspectivas
A decisão da Opep+ ocorre em um momento de tensões geopolíticas globais e demanda instável. Segundo o presidente Lula, há um limite para suas posições em relação aos EUA, ressaltando o delicado equilíbrio entre interesses econômicos e políticos internacionais. Entenda a fala de Lula.
Impactos e próximos passos
O aumento de produção visa estimular o mercado e recuperar o faturamento dos países produtores. Analistas apontam que, apesar da queda nos preços, a estratégia pode equilibrar oferta e demanda ao longo dos próximos meses, especialmente com o incremento na produção previsto para setembro.