Brasil, 10 de agosto de 2025
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Mauro Vieira: soberania brasileira não é moeda de troca

Ministro das Relações Exteriores reforça que a independência do Brasil é inegociável em meio a tensões com os EUA e ataques internos

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta segunda-feira que a soberania nacional não será objeto de negociação. Em discurso comemorativo aos 80 anos do Instituto Rio Branco, no Itamaraty, Vieira ressaltou que ataques orquestrados por brasileiros em conluio com forças estrangeiras, como os Estados Unidos, representam uma tentativa de violar a independência do país.

Soberania inegociável diante de pressões externas

“A Constituição cidadã não está e nunca estará em qualquer mesa de negociação. Nossa soberania não é moeda de troca diante de exigências inaceitáveis”, declarou Mauro Vieira. Ele fez referência indireta às ações nos EUA, em que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, tem atuado junto a autoridades americanas para aplicar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Segundo o chanceler, o Brasil considera “inaceitável e descabida” qualquer ingerência na sua soberania, incluindo decisões do Poder Judiciário. Vieira destacou que o país vive o seu período mais duradouro de liberdades civis e políticas na história republicana, com uma convivência democrática pacífica e avanços em áreas como economia, combate às desigualdades e direitos civis.

Defesa da democracia contra tentativas de intervenção estrangeira

Ele ressaltou que a sociedade brasileira conseguiu derrotar uma tentativa de golpe militar, com responsáveis atualmente respondendo na Justiça, em processos abertos de forma transparente e com o devido processo legal. Vieira comentou ainda que, em sua visita a Washington na última quinta-feira, afirmou ao secretário de Estado americano, Marco Rubio, que o Brasil é uma nação independente e que não se curva a pressões externas.

“Tenho orgulho e responsabilidade na liderança do Itamaraty na defesa da soberania brasileira contra ataques de brasileiros em conluio com forças estrangeiras. Nosso país não aceitará ingerências na condução de suas políticas internas e judiciárias”, afirmou o ministro.

Contexto internacional e associações de ameaças à independência brasileira

Nos últimos meses, Donald Trump anunciou uma sobretaxa de 50% sobre grande parte das exportações brasileiras, além de desejar a suspensão de processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF. Os EUA também têm sido palco de ações contrárias ao governo brasileiro, com a aplicação de sanções a ministros do Supremo e investidas políticas por parte de aliados de Bolsonaro, como o deputado Eduardo Bolsonaro.

Próximos passos na relação Brasil-EUA

Vieira destacou que o Brasil continuará a resistir a influências externas e defender sua soberania, que considera “inalienável”. Ele também reforçou a importância de manter alinhamento com o Conselho de Segurança e outras instituições nacionais, de forma a preservar a autonomia das decisões do país frente a pressões internacionais.

Mais informações sobre a postura do governo brasileiro e a relação com os Estados Unidos podem ser encontradas na fonte original.

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