Brasil, 8 de agosto de 2025
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Amsterdam celebra a diversidade em meio a críticas à opressão LGBTQ+

Barcelona sedia a Parada do Orgulho em meio a protestos por direitos LGBTQ+

No último sábado, cerca de 80 embarcações coloridas desfilaram pelos canais Patrimônio Mundial de Amsterdã, encerrando uma semana de festividades que contrasta com as recentes repressões aos direitos LGBTQ+ na Hungria, membro da União Europeia. Apesar de o evento não ter caráter político explícito, os participantes aproveitaram a ocasião para criticar conflitos e líderes mundiais que adotam posturas contra os direitos da comunidade.

A força da celebração e a luta por direitos iguais

O evento, que é um dos maiores do mundo em celebração à diversidade, contou com a presença de milhares de pessoas, todas unidas com um propósito: reivindicar o direito de ser quem realmente são. A ativista Thehany Gilmore, de 43 anos, vestida em um traje de couro e portando um chicote, expressou que a proibição da Parada do Orgulho em Budapeste “é uma forma de opressão”. Ela acrescentou: “As pessoas em todos os lugares deveriam ter seu próprio orgulho para representar quem são”.

Por entre a multidão de festeiros, bandeiras da Palestina foram vistas, e a polícia holandesa prendeu quatro ativistas que pularam na água para vandalizar um barco da Booking.com em protesto contra suas listings em assentamentos em territórios ocupados por Israel.

Censura e protestos contra líderes globais

Alguns participantes também direcionaram críticas ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cuja administração implementou políticas anti-trans e cortou recursos para programas de assistência internacional, o que prejudicou os esforços de prevenção ao HIV na África. Em uma demonstração clara de desapreço, alguns agitaram uma bandeira que combinava o símbolo dos EUA com a bandeira do Orgulho, enquanto um barco se autodenominou “Barco do Orgulho Livre de Trump”, exibindo faixas com a mensagem “Os direitos trans são direitos humanos”. Outro barco trouxe uma representação de cemitérios e a frase “As ações de Trump matam. O amor salva vidas”, destacando temores sobre os cortes nos financiamentos da AIDS nos EUA.

Michael Jacobs, de 40 anos, oriundo da cidade portuária de Roterdã, comentou sobre a importância do Amsterdam Pride: “Amsterdã é sobre se expressar, mostrar quem você é e ser grato pela liberdade que temos na Europa. Os EUA realmente precisam se reinventar… ser mais abertos com as pessoas.” Ele finalizou com um poderoso apelo: “Não julgue as pessoas pelo que são. Apenas ame umas às outras.”

A mensagem universal do Orgulho

O Amsterdam Pride, além de ser uma celebração de amor e individualidade, é um convite à reflexão sobre as realidades enfrentadas por muitos em diferentes partes do mundo. As festividades não ocorreram sem vozes dissidentes e críticas ao estado dos direitos LGBTQ+ globalmente. O evento, em sua essência, lembra que a luta por igualdade e respeito ainda está longe de ser concluída.

Com uma mistura de alegria e seriedade, o desfile de Amsterdã serve como um microcosmos das batalhas mais amplas travadas em nome dos direitos humanos e da dignidade. O evento não só celebra a diversidade, mas também denuncia as injustiças enfrentadas por aqueles que ainda lutam para viver abertamente e sem medo. Assim, o orgulho coletivo é um poderoso lembrete de que a luta continua e que vozes unidas podem, de fato, fazer a diferença.

Em suma, a Parada do Orgulho de Amsterdã deste ano não apenas exaltou a vivência e os direitos da comunidade LGBTQ+, mas também levantou uma bandeira contra a opressão praticada em várias nações, mostrando que, independentemente de onde se esteja, o amor e a aceitação devem prevalecer.

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