O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) formalizou uma denúncia contra o funkeiro Marlon Brendon Coelho, mais conhecido como MC Poze do Rodo, e mais nove pessoas, acusando-os de tortura e extorsão mediante sequestro, tendo como vítima o ex-empresário do artista, Renato Medeiros. O incidente, que ocorreu em 2023, teve detalhes revelados nesta semana, causando repercussão. O MP solicitou a prisão preventiva de Poze e de seis dos envolvidos no caso. A defesa do cantor contestou a denúncia, classificando-a como “infundada”.
Descrição dos crimes
Segundo a denúncia, MC Poze e os demais acusados agiram em conluio para agredir Renato Medeiros, obrigando-o a confessar um suposto roubo de uma joia pertencente ao cantor – uma alegação que nunca foi comprovada. As investigações, que estão sendo conduzidas pela 42ª DP (Recreio), evidenciam que o ex-empresário foi alvo de socos, chutes, queimaduras provocadas por cigarros e até mesmo foi submetido à ameaça de uma arma artesanal, feita de madeira e pregos.
Investigações adicionais
Além dessa grave acusação, MC Poze enfrenta outra investigação relacionada a apologia ao crime e a um suposto envolvimento com o tráfico de drogas. Em maio deste ano, o artista foi detido temporariamente, mas foi liberado após cinco dias, sob condições cautelares. Essa série de eventos somou tensão à sua já complicada trajetória.
Reação da defesa
A defesa do funkeiro, representada pelo advogado Fernando Henrique Cardoso, se manifestou contra as alegações, considerando o pedido de prisão “inconsistente”. O defensor ressaltou que o artista tem seguido rigorosamente as determinações da Justiça nos últimos 30 meses. Em nota, ele afirmou: “Desde o início, MP e Judiciário entenderam que a prisão era desnecessária. O pedido atual, feito por outro promotor, carece de fundamentos contemporâneos. Marlon respeita as decisões judiciais e provará sua inocência.”
Sentimentos do artista
MC Poze, em suas redes sociais, expressou sua frustração e desilusão com a situação. Ele escreveu em seu Instagram: “Não tenho um dia de paz, meu Deus do céu. Eu não mereço isso, só quero viver em paz.” Essa mensagem simboliza o peso emocional que a situação tem causado ao artista e a sua busca por um alívio nas adversidades que enfrenta.
Esse caso levanta importantes discussões sobre a responsabilidade social de artistas e a maneira como suas ações repercutem na sociedade. A legislação brasileira oferece caminhos para o combate a crimes como tortura e extorsão, e o desenrolar desse processo pode influenciar não apenas a vida de Poze, mas também a imagem do funk e de seus representantes no cenário nacional.
Nos próximos dias, novas atualizações devem surgir à medida que o processo judicial avança. Permaneceremos atentos a essa questão, que suscita tanto controvérsias quanto reflexões sobre a vida e carreira de figuras públicas no Brasil.
