Brasil, 5 de agosto de 2025
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Haddad descarta retaliação do governo brasileiro contra tarifas dos EUA

Ministro da Fazenda afirma que Brasil irá buscar canais diplomáticos e proteção a setores afetados sem recorrer à retaliação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (1º) que o governo federal não pretende retaliar as tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Segundo ele, a prioridade é atenuar os efeitos sobre os setores mais afetados, sem recorrer a ações de retaliação.

Governo busca proteger setores afetados sem retaliação

Haddad destacou que a palavra “retaliação” não faz parte do discurso oficial do governo brasileiro. “Nunca usamos esse verbo para caracterizar as ações que a economia brasileira vai tomar”, afirmou. Em sua visão, as ações do Brasil são de proteção à soberania e aos interesses nacionais, e não de retaliação unilateral.

O ministro também afirmou que o Brasil vai procurar as autoridades internacionais competentes, como a Organização Mundial do Comércio (OMC), para denunciar a taxação. “Entendemos que há canais, na OMC e na justiça americana, onde empresários de ambos os lados estão recorrendo para salvaguardar seus interesses”, disse Haddad.

Plano de proteção aos setores afetados

Haddad confirmou que o governo articula um plano de proteção aos setores impactados pelas tarifas, com foco na preservação de empregos. Entre as medidas planejadas, estão linhas de crédito específicas para setores exportadores aos EUA e ações de redução de tarifas.

De acordo com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o plano conta com três etapas principais: redução das tarifas, busca por novos mercados e suporte aos setores atingidos, como as exportações de café e carne bovina, responsáveis por 35,9% das exportações brasileiras aos EUA.

Medidas em andamento e próximos passos

Segundo Haddad, as primeiras ações de proteção já estão sendo encaminhadas ao Palácio do Planalto para avaliação do presidente Lula, que decidirá o momento de sua implementação. “A partir da semana que vem, poderemos dar início às medidas de proteção à indústria e à agricultura nacionais”, afirmou.

As ações visam diminuir o impacto das tarifas, que atingiram setores como café e carne bovina, além de procurar novas alternativas de mercado para as exportações brasileiras. “Ninguém ficará desamparado”, garantiu Alckmin.

A estratégia do governo reforça o compromisso em defender os interesses brasileiros, buscando canais diplomáticos e jurídicos, sem abrir mão da soberania nacional, em resposta às tarifas estadounidenses, consideradas por Haddad como “deliberadamente políticas”.

Para mais detalhes, consulte a matéria completa em IG Economia.

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