Brasil, 19 de setembro de 2025
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Aposentado do DF luta contra descontos indevidos no INSS

Wilson Olímpio, aposentado de 59 anos, busca reembolso de descontos fraudulentos em sua aposentadoria pelo INSS no Distrito Federal.

No Distrito Federal, Wilson Olímpio, um aposentado de 59 anos, enfrenta um desafio monumental: convencer o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a restituir descontos que ele alega serem indevidos e, possivelmente, fraudulentos. Recentemente, ele teve seu pedido de reembolso negado, mas não está disposto a desistir. Esta é uma história que ilustra a luta de muitos beneficiários que se encontram à mercê de um sistema que, por vezes, falha em protegê-los.

Entenda o caso de Wilson Olímpio

Wilson, que reside em Taguatinga e trabalhou como motorista, aposentou-se por invalidez há quase uma década, após perder os movimentos do pé direito devido a uma infecção por tétano. A sua vida tomou um rumo inesperado quando, há dois meses, ele notou que sua aposentadoria estava sendo afetada por descontos de duas associações, a ENAP e a AMBEG. Surpreso, ele imediatamente contactou o INSS para solicitar o bloqueio dos valores descontados.

O que intriga Wilson é a maneira como esses descontos foram autorizados. Um dos documentos que justifica o desconto tem o CPF dele, mas apresenta o nome de uma mulher, “Neusa Cunha da Silva”, que ele nunca ouviu falar. “Como o INSS liberou essa autorização sem que eu tivesse dado permissão? A responsabilidade não é minha, mas do governo”, questiona Wilson, que registrou um boletim de ocorrência por estelionato na 21° Delegacia de Polícia de Taguatinga Sul.

Como o INSS responde à situação

Em resposta à situação, o INSS orientou Wilson a recorrer da decisão através do aplicativo “Meu INSS” ou pelos Correios. Contudo, muitos beneficiários se sentem perdidos em meio a um processo que parece complexo e muitas vezes ineficaz. A negativa do reembolso deixou Wilson desanimado, mas ele não desistiu: seu novo pedido está sob análise. A situação de Wilson se torna ainda mais crítica, uma vez que o presidente da Comissão de Regime Próprio de Previdência Social da OAB, José Hailton Diana, afirmou que o INSS tem obrigação de ressarcir as vítimas de fraudes, independentemente de identificar o criminoso.

A luta por justiça

Wilson não é um caso isolado. Muitos brasileiros enfrentam situações semelhantes e lutam para recuperar suas economias, e é aqui que entra o papel da judicialização. É aconselhável que as vítimas de fraude não apenas registrem boletins de ocorrência, mas também considerem processos judiciais para garantir seus direitos. A possibilidade de solicitar danos morais é outra alternativa que pode ser explorada. “A responsabilidade da restituição é total do INSS, e ele não pode se isentar disso”, reforça o advogado.

Orientações do INSS

O INSS, por sua vez, enfatiza que a adesão ao acordo é destinada a beneficiários que contestaram os pagamentos e que não receberam resposta de suas entidades. Em casos em que há resposta, o segurado não precisa apresentar documentos de contraprova. A manifestação de concordância ou discordância deve ser inserida no aplicativo “Meu INSS” ou nos Correios. Se as informações não forem corroboradas pela entidade, o processo é encaminhado para auditoria interna.

Próximos passos

Wilson está determinado a buscar seus direitos e continuar a luta para que não apenas ele, mas todas as vítimas de fraudes possam encontrar um caminho para a justiça. Para quem se encontra em situação semelhante, é essencial conhecer os direitos e as opções disponíveis, além de não hesitar em buscar assistência jurídica. O INSS está em parceria com Defensorias Públicas para fornecer apoio jurídico aos beneficiários que precisarem.

A luta de Wilson Olímpio evidencia as fragilidades no sistema de proteção aos aposentados no Brasil, e a importância de um acompanhamento contínuo para que esses episódios de fraudes não se tornem uma norma.

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