A cantora espanhola Rosalía utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (30) para se posicionar após um designer destacado ter divulgado sua insatisfação por ela não ter feito um pronunciamento público sobre a situação na Gaza. Criadores e figuras públicas têm se dividido sobre a forma de expressar solidariedade diante do conflito.
Resposta de Rosalía às críticas pelo silêncio em relação à Gaza
Àtravés de uma série de histórias no Instagram, Rosalía afirmou que, embora busque agir de forma correta, nem sempre consegue expressar suas opiniões publicamente. “No mundo de hoje, todos vivemos em contradições constantes — eu, inclusive”, declarou. Ela reforçou que seu objetivo é aprender e melhorar, reconhecendo que palavras às vezes podem parecer insuficientes diante da violência.
“Infelizmente, esse texto não e não será suficiente em um contexto de violência extrema como o que ocorre atualmente. Quero agradecer profundamente às ONGs, ativistas, profissionais de saúde, jornalistas e voluntários que dedicam suas vidas a ajudar nesta causa e muitas outras”, continuou.
Críticas e manifestações de outros profissionais
O designer Miguel Adrover foi um dos primeiros a manifestar insatisfação publicamente. Em uma postagem no Instagram, ele divulgou uma captura de tela de uma conversa com alguém da equipe de Rosalía, na qual solicitava um look sob medida para a artista. Na legenda, Adrover afirmou: “Fazendo a coisa certa… O silêncio é cumplicidade. Você tem a responsabilidade de usar seu poder para denunciar esse genocídio”.
Outras figuras também se posicionaram, como a youtuber infantil Ms. Rachel, que declarou: “A quem pedir trabalho e não falar sobre Gaza: não me sinto confortável em colaborar com quem não se posiciona sobre isso”, reforçando uma postura de alinhamento de valores.
A crise humanitária em Gaza
Desde que Israel interrompeu o auxílio humanitário em março, Gaza enfrenta uma crise de fome massiva. Segundo dados da ONU, um em cada três habitantes da Faixa passa dias sem comer, na maior crise de fome na região em anos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a situação como uma “catástrofe humanitária de proporções épicas”, alertando que “não se trata de um aviso, mas de uma realidade diante de nossos olhos”.
Quem deseja ajudar os afetados pode acessar informações detalhadas e formas de contribuir através de links dedicados, como como ajudar Gaza na crise de fome.
