O mercado financeiro revisou para cima a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano, de acordo com o boletim Focus divulgado pelo Banco Central. A estimativa agora é de um crescimento de 1,68%, em comparação com a projeção anterior de 1,26%. Para o próximo ano, a expectativa é de um crescimento de 1,28%. As projeções para 2025 e 2026 apontam para uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,7% e 1,9%, respectivamente.
Em relação à inflação, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sofreu uma leve redução, passando de 5,71% para 5,69% em 2023. Para 2024, a estimativa é de uma inflação de 4,12%, enquanto para 2025 e 2026 as projeções são de 4% para ambos os anos.
A projeção para este ano fica acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O Banco Central indicou em seu último relatório de inflação que a probabilidade de a inflação oficial ultrapassar o teto da meta em 2023 é de 83%. Já a previsão para 2024 está acima do centro da meta, fixada em 3%.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano e as expectativas do mercado são de que encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de uma redução da Selic para 10% ao ano. Para os anos seguintes, a previsão é de uma taxa de 9% ao ano tanto em 2025 como em 2026.
No que diz respeito à cotação do dólar, a previsão do mercado financeiro é de que a moeda americana encerre este ano cotada a R$ 5,10. Para o fim de 2024, a estimativa é de que o dólar fique em R$ 5,16.