Brasil, 1 de agosto de 2025
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Impacto do tarifaço americano no PIB brasileiro recua com exceções

Goldman Sachs estima queda na influência das tarifas dos EUA sobre o PIB do Brasil, considerando as novas exceções anunciadas pela Casa Branca

O economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, analisou o impacto do tarifaço dos Estados Unidos sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, levando em conta as exceções divulgadas hoje pela Casa Branca. Segundo o banco de investimento, as exceções reduzem de 36,8% para 30,8% o aumento da tarifa efetiva cobrada sobre as exportações do Brasil.

Estimativas do impacto das tarifas com e sem exceções

De acordo com o Goldman Sachs, em um cenário sem retaliação significativa, as tarifas poderiam gerar uma perda de aproximadamente 0,25 ponto percentual no PIB brasileiro. Desse total, cerca de 0,1 ponto já estaria incorporado na projeção base do banco. O relatório destaca que medidas fiscais e de crédito voltadas aos setores mais afetados pelo aumento tarifário, além de desviar parte das exportações para mercados alternativos, podem mitigar os efeitos negativos sobre a economia.

Previsões e possíveis reações do Brasil

Antes do reconhecimento das exceções, o Goldman Sachs previa um impacto entre 0,3 e 0,4 ponto percentual no PIB. O banco afirma que uma eventual retaliação do governo brasileiro pode ampliar ainda mais os efeitos adversos, prejudicando a atividade econômica e pressionando a inflação. “A retaliação geraria um impacto negativo mais amplo tanto sobre a atividade quanto sobre a inflação. Politicamente, pode haver uma inclinação para retaliar, mas exportadores e entidades empresariais têm pressionado o governo brasileiro a dialogar, negociar e buscar a desescalada”, afirmou Ramos em relatório divulgado a clientes.

Perspectivas para o crescimento do PIB

Apesar das tensões comerciais, o Goldman Sachs manteve a estimativa de crescimento do PIB do Brasil em 2,3%, considerando a incerteza acerca das tarifas que o país de fato enfrentará. “Dada a incerteza inerente em relação às tarifas que o Brasil enfrentará de fato”, justificou o relatório, ressaltando que o cenário econômico permanece volátil.

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