O mercado de trabalho passa por um grande avanço de digitalização, com a criação de novos softwares, Inteligência Artificial e, mais recentemente, o Chat GPT. Diante dessa transformação digital, porém, uma questão surge de forma cada vez mais frequente: qual a importância das soft skills em um mundo dominado pela tecnologia?
As ‘soft skills’ se referem ao conceito de habilidades pessoais. O tema começou a ser debatido por meio do Fórum Econômico Mundial, que lançou no início dos anos 2000 um estudo chamado World of Talent, advertindo para o crescimento acelerado da economia e para a possível ‘guerra de talentos’ que as empresas poderiam enfrentar, principalmente diante de um apagão profissional em determinadas áreas.
Em meio à divulgação dos estudos, o Fórum Econômico Mundial também alertava que muitas pessoas não estariam preparadas para os desafios tecnológicos que o mundo atravessa, destacando o crescimento da inteligência artificial, além de muitos governos e associações demonstrarem preocupação em listar as inteligências necessárias para que as empresas aplicassem o papel social que possuem com os seus colaboradores, principalmente em treinamentos internos.
Como Diretora de Gente & Cultura na área de tecnologia, penso que as empresas precisam preparar sua força de trabalho para os desafios que estão por vir; hoje, existem três grandes inteligências na área de soft skills que destacam a importância da resiliência, agilidade e flexibilidade dos colaboradores no campo de trabalho.
Outro conceito que está se adaptando ao mercado de trabalho é a parte da motivação começar dentro do colaborador e não mais apenas vir de ‘fora’, por meio da liderança. Vejo que as inteligências precisam começar a partir do colaborador, pensando em como ser mais eficiente a partir de uma autogestão aliada ao pensamento analítico.
Todas essas competências de soft skills remetem a uma execução de trabalho com vistas a melhorar a performance em termos de negócio, podendo sair na frente em relação aos seus concorrentes e, principalmente, com uma execução de tarefas mais bem alinhada diante do seu planejamento estratégico.
*Alejandra Nadruz – Diretora de Gente & Cultura da Softplan