Brasil, 1 de agosto de 2025
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Aumento de casos de mão-pé-boca na região de Campinas em 2025

A região de Campinas enfrenta um aumento de até 17 vezes nos casos de mão-pé-boca em 2025, afetando principalmente crianças escolares.

Nos primeiros cinco meses de 2025, a região de Piracicaba, que faz parte do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas, registrou um alarmante aumento de casos da síndrome mão-pé-boca. Os registros apontam para um crescimento de até 17 vezes em comparação ao mesmo período do ano anterior, com 671 casos em 2025 contra apenas 38 em 2024. Embora não seja uma doença grave, a síndrome é altamente contagiosa, especialmente em crianças em idade escolar.

Entendendo a síndrome mão-pé-boca

A síndrome mão-pé-boca é causada pelo vírus Coxsackie, que afeta o aparelho digestivo e provoca feridas nas mãos, feet e boca. Segundo o pediatra Luís Alberto Verri, a doença é geralmente autolimitada e a maioria das crianças se recupera em um período de seis a dez dias, sem necessidade de internação. Em casos raros, as crianças podem apresentar desidratação e precisar de hidratação intravenosa, enquanto complicações mais severas são extremamente raras.

Aumento de casos e a resposta da comunidade

Além da região de Piracicaba, o DRS de Campinas também constatou um aumento significativo nos diagnósticos da síndrome. Os casos subiram de 96 para 479 no mesmo período, um crescimento de cinco vezes. O pediatra observa que o aumento não é restrito apenas aos meses de outono e inverno, épocas normalmente associadas a um maior número de doenças contagiosas por conta do aglomerado de pessoas.

Esse crescimento nos diagnósticos pode ser atribuído, em parte, ao aumento da conscientização entre os pais e escolas sobre os sintomas da doença. Conforme o pediatra Verri, atualmente há uma maior difusão da informação sobre a síndrome, levando as mães a ficarem mais atentas a qualquer sinal de ferida ou manchas nos filhos.

Um caso real: a história de Andressa e seu filho

Andressa Querido, mãe de um menino diagnosticado com a síndrome, compartilhou sua experiência: “No primeiro dia, eu achei que era uma picada de pernilongo. Mas no dia seguinte, percebi mais feridas e logo liguei para o pediatra.” O diagnóstico de seu filho foi confirmado após perceber feridas nas mãos, pés e boca. A infecção ocorreu após um surto na escola, levando Andressa a modificar a rotina de higiene em casa para proteger os outros membros da família.

Os riscos de contágio nas escolas

As escolas são um ambiente particularmente propenso à disseminação do vírus. Em uma pré-escola de Campinas, três crianças foram afastadas por sintomas da síndrome nos últimos 15 dias. A diretora pedagógica Karlla Ferraro explicou que a instituição tem protocolos rigorosos de higiene, incluindo a desinfecção constante de colchonetes, áreas de estar e brinquedos.

Os pais também têm um papel fundamental na identificação precoce da doença. Carolina Silva, mãe de um aluno que precisou ser afastado, comentou sobre a importância de monitorar os sintomas, fazendo um “check list” diário do estado de saúde do filho. “Eu estava de olho, já sabendo dos outros alunos com febre e feridas, para agir rápido,” relatou Carolina.

Sintomas e prevenção

Os sintomas da síndrome mão-pé-boca incluem febre, dores de garganta e erupções cutâneas com bolhas nas áreas afetadas. Apesar de não haver vacina disponível, o tratamento geralmente é focado no alívio dos sintomas, com medicamentos para dor e hidratação. Medidas de prevenção, como a boa higiene das mãos e a desinfecção de brinquedos e superfícies em escolas, são essenciais para controlar a disseminação da doença.

O aumento das notificações de casos na região de Campinas serve de alerta para a necessidade de educação e conscientização da população sobre a síndrome mão-pé-boca. Apesar de ser uma doença autolimitada, sua contagiosidade exige atenção para evitar surtos em ambientes escolares.

Para mais informações sobre a saúde na região de Campinas e Piracicaba, continue acompanhando as notícias do g1 Piracicaba.

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