Brasil, 1 de agosto de 2025
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Copom mantém Selic em 15% após sete altas consecutivas

Banco Central encerra ciclo de aumentos da taxa Selic, que fica em 15% ao ano por 45 dias, buscando controlar a inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (30/7) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. Essa foi a primeira pausa após sete altas consecutivas desde setembro do ano passado, quando o ciclo de aperto monetário teve início.

Decisão do Copom e contexto da política de juros

Os integrantes do Copom são responsáveis por decidir se a taxa Selic será cortada, mantida ou elevada, com o objetivo de controlar a inflação. A decisão de hoje reforça a intenção do banco central de aguardar o efeito das altas anteriores sobre os preços.

Segundo o Banco Central, a taxa ficará vigente pelos próximos 45 dias, até a próxima reunião marcada para 16 e 17 de setembro, quando uma nova avaliação deverá ocorrer.

Sinalização de interrupção no ciclo de altas

Na reunião de junho, o Copom decidiu por unanimidade elevar a taxa de 14,75% para 15%, atingindo o maior patamar desde julho de 2006, no início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão foi marcada pela análise de que o ciclo de altas tinha sido “rápido e firme”, levando o banco a antecipar a pausa na elevação dos juros.

Na ata divulgada, o BC destacou que continuará monitorando os efeitos do aperto monetário, buscando avaliar se a taxa atual é adequada para a convergência da inflação à meta estabelecida.

A situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação no país.
  • As decisões do Copom visam ajustar a taxa para manter os preços sob controle, influenciando o consumo e os investimentos.
  • O aumento nos juros encarece o crédito e tende a desacelerar a atividade econômica, resultando em queda de preços.
  • Projeções de mercado indicam que o Brasil provavelmente manterá a taxa acima de dois dígitos até 2028, com expectativa de moderada redução ao longo dos anos.
  • A próxima reunião do Copom será nos dias 16 e 17 de setembro de 2025.

Expectativas do mercado e cenário futuro

O relatório Focus, do Banco Central, aponta que a expectativa dos analistas é de que a Selic permaneça em 15% ao ano até o final de 2025, sem previsões de novos aumentos. Para 2026, a previsão é de 12,50%, e para 2027 e 2028, de 10,50% e 10%, respectivamente.

Assim, o mercado não acredita que a taxa básica de juros ficará abaixo de dois dígitos até o final do mandato do presidente Lula, em 2026, nem durante o mandato de Gabriel Galípolo na presidência do BC, previsto para terminar em 2028.

Perspectivas e próximos passos

O BC reforça que o ciclo de alta foi “bastante rigoroso” e que os impactos dessa política ainda estão por vir. A instituição continuará avaliando o momento adequado para ajustar a taxa, conforme os dados econômicos e a trajetória da inflação.

As próximas reuniões do Copom estão agendadas para os dias 28 e 29 de janeiro de 2025 e 16 e 17 de setembro de 2025, entre outras datas previstas no calendário de 2025 e 2026.

Para mais detalhes, acesse o site da Metropoles.

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