Brasil, 14 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Internautas organizam boicote contra produtos americanos a partir de agosto

A campanha de boicote ganha força em resposta às tarifas impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros.

A partir desta sexta-feira, 1º de agosto, os internautas brasileiros organizam um “boicotaço” contra produtos norte-americanos. A campanha surge como uma reação ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre mercadorias brasileiras, o que gerou uma mobilização significativa nas redes sociais ao longo desta semana.

Um chamado à ação

Circula nas redes uma lista com mais de 100 produtos originários dos EUA que deverão ser “ignorados” pelos consumidores brasileiros a partir da data mencionada. As novas taxas começam a valer para diversas categorias, incluindo marcas conhecidas de refrigerantes, cadeias de fast-food, eletrônicos e itens de e-commerce, propondo um desafio ao consumo tradicional.

O boicote nasce em um contexto de crescente tensão comercial, com as tarifas sendo uma estratégia do governo dos EUA para impor pressão econômica sobre o Brasil. Em tempos onde o consumo é muitas vezes visto como uma maneira de expressar apoio ou resistência, muitos veem a tentativa de boicote como um reflexo do descontentamento social.

Tarifas e reação do governo brasileiro

A convocação para o boicote ocorre em meio às sanções econômicas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Ao estabelecer uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros, a medida promete impactar significativamente as relações comerciais entre os dois países, uma vez que os brasileiros dependem de uma grande variedade de produtos importados.

Além disso, o Brasil não é o primeiro país a implementar esse tipo de boicote. Em março deste ano, o Canadá adotou uma abordagem similar, retaliando as ameaças tarifárias de Trump que afetaram negativamente sua economia, especificamente a desvalorização do dólar canadense em relação ao dólar americano.

Negociações em curso

Na última semana, uma delegação de senadores brasileiros, sob a liderança de Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado (CRE), viajou aos Estados Unidos com o objetivo de tentar reverter as sanções tarifárias. A missão busca amenizar os efeitos negativos que essas tarifas podem ter sobre a economia brasileira.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, também se empenha em estabelecer um diálogo com o governo dos EUA para renegociar as tarifas. Contudo, o presidente Lula fez comentários na última sexta-feira (25/7), afirmando que “ninguém quer falar com Alckmin”, revelando a dificuldade das negociações diplomáticas no momento.

Justificativas de Trump

Trump justificou as suas imposições tarifárias ao afirmar que o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro tem adotado uma postura “arbitrária” em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o presidente norte-americano, a relação comercial entre os dois países é “injusta”, apontando a necessidade de um equilíbrio nas transações bilaterais.

Impactos e previsões

Os efeitos do boicote e das tarifas ainda são incertos. Para muitos brasileiros, a a campanha de resistência ao consumo de produtos americanos parece ser uma forma de protesto, mas seus resultados podem variar, dependendo de como a população reagirá e se adaptará a novas opções disponíveis no mercado. A mobilização nas redes sociais tem sido um indicativo de que muitos estão dispostos a apoiar essa causa, refletindo um patriotismo econômico que vem ganhando força.

Enquanto o país enfrenta esse cenário desafiador, que vai além da simples troca de produtos, observa-se uma crescente conscientização sobre as dinâmicas do comércio internacional e seu impacto nas economias locais. O futuro das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos ainda está por ser decidido, mas a luta por um espaço mais justo no mercado global continua.

À medida que o boicote se intensifica, será interessante acompanhar como o governo brasileiro se posicionará e quais estratégias serão implementadas para resgatar a economia diante das novas tarifas. Uma coisa é certa: a voz do consumidor brasileiro tem se manifestado de formas inovadoras e assertivas, e o boicotaço é apenas um exemplo dessa nova onda de ativismo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes