Um estudo liderado por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), revelou que 64% dos solos do planeta são arenosos e apresentam fragilidade devido à baixa capacidade de reter água e nutrientes. A pesquisa evidencia riscos elevados de erosão e menor produtividade agrícola global.
Impactos na agricultura e no meio ambiente
De acordo com os pesquisadores, a predominância de solos arenosos impacta negativamente a produção de alimentos e os ecossistemas. “A fragilidade dos solos limita a fertilidade natural, exigindo maior uso de fertilizantes e técnicas de conservação do solo”, explicou Maria Oliveira, uma das autoras do estudo, publicado na Fonte.
A baixa retenção de água nos solos arenosos favorece a erosão, especialmente em regiões suscetíveis às mudanças climáticas, agravando a degradação ambiental. “Se não adotarmos práticas sustentáveis, podemos enfrentar uma crise na segurança alimentar mundial”, alertam os especialistas.
Demandas por estratégias de manejo e conservação
Para mitigar esses problemas, pesquisadores defendem a adoção de técnicas de manejo do solo, como o uso de cobertura vegetal, recuperação de áreas degradadas e práticas de irrigação eficientes. Essas ações buscam aumentar a fertilidade e a resistência dos solos arenosos.
Conscientização e ações globais
A pesquisa reforça a necessidade de políticas públicas e investimentos em tecnologias de conservação, além de uma maior conscientização da sociedade sobre a importância do manejo sustentável do solo. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), ações coordenadas podem reduzir significativamente os impactos ambientais e recuperar áreas degradadas.
Perspectivas futuras
Os autores do estudo destacam que a compreensão da fragilidade dos solos é essencial para planejar práticas agrícolas sustentáveis e garantir a saúde do meio ambiente. “Dados globais reforçam a urgência de estratégias integradas para preservar os recursos naturais”, concluem os pesquisadores, ressaltando a importância de ações globais neste cenário.