Brasil, 31 de julho de 2025
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Morango do amor impulsiona alta de preços e consumo no Brasil

Receita viral nas redes sociais elevou a demanda por morangos graúdos, aumentando preços e movimentando o setor hortifruti

O morango do amor se tornou a maior tendência do momento, impulsionando uma intensa busca por morangos graúdos e elevando seus preços nas feiras e supermercados. A viralização de uma receita nas redes sociais, que combina morangos frescos, leite condensado, leite em pó, creme de leite, manteiga, açúcar, água, vinagre e corante vermelho, trouxe um novo status à fruta, antes apreciada principalmente no inverno ou em fondue.

Impacto na demanda e nos preços

Segundo levantamento do iFood, os pedidos de morango do amor no Rio de Janeiro cresceram 15.000% em julho, em comparação com junho, chegando a mais de 76.500 unidades entregues até o dia 27. A alta demanda fez os preços do produto dispararem. Uma caixinha com quatro bandejas de morango graúdo, antes vendida por R$ 20, agora chega a R$ 45, reforçando a crescente valorização.

O aumento na procura também refletiu na produção e na oferta. Na Ceasa de Irajá, no Rio, a venda do “morango do amor” já impacta os preços e o volume de vendas. O feirante Ygor Cavalcante relata que, na semana passada, pagou R$ 28 por uma caixa de morango grande; nesta semana, esse valor subiu para R$ 42. A demanda também mudou a nomenclatura do produto na feira, que passou a ser chamado de morango do amor, reforçando sua nova imagem no mercado.

Repercussões no setor e as opiniões

Na feira da Tijuca, Maria Celeste de Jesus critica a valorização do morango, chamando a situação de “uma palhaçada”. Ela explica que, mesmo na safra, os preços estão acima do normal, o que dificulta a venda para os feirantes. Segundo a pesquisa da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), as vendas de morango in natura aumentaram até 170% e a procura por corantes vermelhos cresceu 42% em relação ao ano passado.

Maria Celeste comenta que a alta nos preços é impulsionada pela procura intensa, especialmente pelo morango graúdo. “Este período normalmente é de preços mais acessíveis, mas agora o consumidor está pagando até o triplo pelo mesmo produto”, afirma ela. O setor de hortifruti também registra que essa tendência gera impacto na cadeia, desde distribuidores até embaladores e confeiteiros, que aproveitam a onda para aumentar as vendas de produtos relacionados.

Consequências e expectativas futuras

O proprietário da loja Raiz, na Ceasa, relata que as vendas aumentaram consideravelmente na última semana, com muitos consumidores procurando especificamente pelo morango do amor. A alta demanda elevou os preços de uma caixa de quatro bandejas de R$ 20 a R$ 40, ou seja, o dobro. Como o produtor Marcos Moura explica, os reajustes acompanham os valores praticados por quem produz e distribui o fruto.

Especialistas alertam que essa febre pode se manter enquanto a receita viralizar, influenciando na alta contínua dos preços. Além disso, a preferência por variedades maiores, como o morango fondue, pode elevar ainda mais os custos, chegando a até R$ 80 por caixa, inviabilizando a revenda para pequenos comerciantes.

O fenômeno também está refletindo na cultura alimentar brasileira, com a substituição de nomes tradicionais por novos títulos, como o “morango do amor”. Os consumidores, atraídos pela tendência digital, disparam a busca pelo produto e contribuem para o aumento dos lucros de alguns fornecedores, embora enfrentem preços cada vez mais elevados.

Para acompanhar essa movimentação, o setor espera que o governo brasileiro siga buscando estratégias para controlar a inflação de alimentos, como a proposta de exclusão de certos produtos das tarifas de importação, incluindo suco de laranja, café e Embraer, além de apelos por parte de empresários americanos ao próprio governo dos EUA contra tarifas que afetam o comércio bilateral.

A tendência do morango do amor demonstra como as redes sociais influenciam o mercado, transformando comportamentos de consumo e estimulando uma cadeia produtiva que, por ora, enfrenta o desafio de equilibrar preços acessíveis e demanda crescente.

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