Brasil, 14 de novembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Ucrânia permite alistamento voluntário de cidadãos com mais de 60 anos

Presidente ucraniano assina lei que permite alistamento militar a partir dos 60 anos durante estado de emergência.

No último dia 3 de outubro, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou uma nova lei que possibilita que cidadãos ucranianos com mais de 60 anos se alistem voluntariamente nas Forças Armadas durante o estado de emergência. Esta medida surge em resposta a uma crise de mão de obra que o país enfrenta em meio ao conflito com a Rússia.

Detalhes da nova legislação

Segundo informações do site do parlamento ucraniano, a lei determina que, durante o período de estado de emergência, pessoas acima de 60 anos, consideradas aptas para o serviço militar por uma comissão médica, podem se alistar com o consentimento do comandante da unidade militar. O contrato deverá ser assinado após a aprovação do candidato pelo Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia ou por outra autoridade militar competente.

Além disso, a lei estipula um período de experiência que pode variar de um a seis meses. A cobertura não especifica uma idade máxima para o serviço, mas afirma que todos os contratos serão annulados assim que o estado de emergência for suspenso.

Respostas à crise de mão de obra

A implementação desta lei ocorre em um contexto de recrudescimento das necessidades de recursos humanos nas forças armadas ucranianas. Relatos indicam que a Ucrânia enfrentou uma significativa escassez de efetivos no final de 2024, levando as autoridades a buscar alternativas para aumentar o número de voluntários e oferecer incentivos a quem se alistasse.

Em abril de 2024, o governo ucraniano já havia reduzido a idade mínima para alistamento de 27 para 25 anos e implementado contratos temporários de um ano para jovens de 18 a 24 anos. Essas iniciativas visavam preencher lacunas em unidades técnicas, logísticas e de apoio, essenciais para sustentar as operações militares.

Contexto das forças armadas na região

A decisão de Zelensky também se dá em um cenário em que a Rússia alterou suas próprias leis de alistamento. Recentemente, a Duma do Estado, a câmara baixa do parlamento russo, apresentou um projeto de lei que visa tornar o serviço militar obrigatório durante todo o ano, em vez de apenas duas vezes anualmente, como era a prática até então.

O projeto propõe que a convocação de cidadãos para o serviço militar seja realizada de forma contínua durante o ano, com base em um decreto do presidente russo. Essa mudança reflete a crescente pressão sobre as forças russas devido às perdas significativas sofridas durante o conflito com a Ucrânia.

Implicações e reações à nova lei

A medida de permitir o alistamento de cidadãos mais velhos representa uma mudança significativa na abordagem da Ucrânia para lidar com a crise de recrutamento. A inclusão de pessoas acima de 60 anos pode ser vista como um reconhecimento da necessidade de uma resposta mais ágil e inclusiva frente aos desafios impostos pelo conflito em andamento.

Observadores internacionais e locais expressaram diversos pontos de vista sobre a eficácia de tal estratégia. Enquanto alguns veem a abertura para voluntários mais velhos como uma oportunidade para aproveitar habilidades e experiências que podem ser valiosas em situações de conflito, outros levantam preocupações sobre a saúde e a capacidade física desses recrutas.

Independentemente das opiniões, a nova legislação ilustra a vontade do governo ucraniano de adaptar suas políticas e responder às demandas emergentes de um ambiente de combate prolongado e complexo.

Essa história continua a se desenvolver à medida que a guerra na Ucrânia avança, e a capacidade do país de sustentar suas forças armadas será um fator crucial nas próximas fases do conflito.

Para mais detalhes sobre essa e outras notícias, acesse a fonte original.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes