Durante uma saída de sua residência, enquanto se preparava para uma viagem de golf, Donald Trump foi questionado por repórteres sobre a possibilidade de perdoar Ghislaine Maxwell, condenada por ajudar Jeffrey Epstein a cometer abusos sexuais.
Trump evita esclarecer sobre perdão à Maxwell
Questionado se concederia perdão ou comutação à mulher de Epstein, Trump não respondeu explicitamente, apenas afirmou: “Não quero falar sobre isso”.
Maxwell, que está cumprindo uma pena de 20 anos em uma prisão federal na Flórida, foi condenada por conspiração para abuso sexual de menores. Sua sentença está sendo alvo de debate, após uma tentativa do Departamento de Justiça de liberar mais registros relacionados ao caso Epstein, que foi marcada por alegações de uma rede de abuso envolvendo figuras influentes.
Reunião com o procurador-geral
Na quinta-feira, o vice-procurador-geral Todd Blanche se reuniu com Maxwell na penitenciária de Tallahassee, na tentativa de apaziguar uma controvérsia gerada pelo recuo do governo na liberação de documentos secretos do caso. Trump elogiou Blanche como “um grande advogado”, mas desviou o foco ao sugerir que as investigações devem mirar outras pessoas e não seu próprio envolvimento.
Especulações e ligações com Epstein
Durante a conversa, Trump fez referências a nomes de possíveis associados no caso Epstein, incluindo “fundadores de fundos de hedge” e o ex-presidente Bill Clinton, que negou qualquer envolvimento com os crimes atribuídos ao financista.
Clinton declarou ao New York Times que não tinha conhecimento das atividades ilícitas de Epstein. Trump, por sua vez, também negou ter escrito uma mensagem inadequada a Epstein, publicada pelo Wall Street Journal na semana passada, na qual ele supostamente desejava “que cada dia fosse um outro segredo maravilhoso”.
Repercussões e incógnitas
Embora não haja confirmação de que Trump possa conceder perdão a Maxwell, suas declarações alimentam as dúvidas sobre possíveis ações futuras relacionadas ao caso Epstein. Analistas destacam a complexidade de um eventual indulto, dada a condenação consolidada contra Maxwell e a influência do caso na política americana.
Estrategicamente, Trump evita divulgar sua posição definitiva, preferindo deixar no ar a possibilidade de uma decisão que pode impactar sua imagem na política e na justiça.
O tema ainda deve gerar debates intensos nas próximas semanas, enquanto as investigações relacionadas ao caso Epstein continuam a revelar novas conexões com figuras de destaque.