Brasil, 30 de julho de 2025
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PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump, aponta estudo

Aumentos tarifários impostos pelos EUA podem impactar negativamente a economia brasileira, com perdas significativas no PIB e aumento do dólar

Com a proximidade da implementação do tarifazo de 50% anunciado pelo governo dos Estados Unidos, o Brasil pode enfrentar uma redução de até R$ 175 bilhões no seu Produto Interno Bruto (PIB), segundo estimativas de estudos econômicos. A medida, que deve entrar em vigor em 1º de agosto, alimenta a tensão nas negociações comerciais internacionais e gera incertezas no mercado financeiro brasileiro.

Impacto potencial do tarifazo de Trump na economia brasileira

Conforme analistas, a imposição de tarifas elevadas pelo presidente Donald Trump pode elevar os custos de importação e prejudicar setores exportadores do Brasil, sobretudo na agricultura, no agronegócio e na indústria de commodities. Um estudo elaborado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora revela que a perda de até R$ 175 bilhões no PIB corresponde a aproximadamente 5% do valor atual, caso as tarifas sejam aplicadas na totalidade.

Segundo o levantamento, o aumento de tarifas também deve impactar o valor do dólar, que já subiu 0,11% nesta terça-feira (29), atingindo R$ 5,5963 às 9h20. A cotação elevada, por sua vez, pressiona a inflação e aumenta a volatilidade no mercado financeiro brasileiro.

Análise das negociações comerciais e cenário internacional

Atualmente, o mercado global acompanha de perto as negociações entre os Estados Unidos e a China, na tentativa de evitar uma escalada tarifária maior. Após um acordo provisório divulgado no domingo (27) entre Washington e Bruxelas, as atenções se voltam para a continuidade das negociações com Pequim, que acontece nesta semana em Estocolmo.

A expectativa é que a trégua tarifária entre China e EUA seja prorrogada por mais 90 dias, o que evitaria uma nova escalada de tensões. Entretanto, o Brasil tem se mostrado cauteloso, com interlocutores do governo indicando que a prioridade de Washington pode ser fortalecer sua relação com a União Europeia, prejudicando o poder de negociação do país sul-americano.

Repercussões internas e sinais de fragilidade nas negociações com os EUA

Por aqui, o governo brasileiro tenta manter o diálogo aberto, mas sem avanços concretos. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou que há conversas com autoridades americanas, porém as negociações permanecem mornas. Segundo fontes do Planalto, há uma preocupação crescente com o fato de que Trump possa aplicar as tarifas de forma unilateral, independente do diálogo oficial.

Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula (PT) teria expressado, em conversas informais, que não há canais diretos de negociação eficazes com a Casa Branca. Recentemente, assessores indicaram que Trump sinalizou intenção de “punir” o Brasil, mesmo sem justificativa econômica clara, o que aumentou a apreensão no governo brasileiro.

Futuro das negociações e consequências econômicas

A semana que promete ser decisiva para o cenário econômico global e brasileiro. Além do impacto na política comercial, as decisões do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central do Brasil (BC), ambas previstas para quarta-feira (30), também influenciarão o ritmo do câmbio e das taxas de juros.

Economistas e investidores mantém uma postura de cautela diante da possibilidade de o aumento de tarifas dos EUA alimentar pressões inflacionárias e elevar o custo do dinheiro mundialmente — cenário que, se confirmado, deve afetar o crescimento do Brasil nos próximos meses.

Previsões e perspectivas futuras

Especialistas alertam que a intensificação da guerra tarifária pode desacelerar o crescimento econômico brasileiro e provocar instabilidade cambial significativa. Enquanto isso, as negociações ainda buscam um desfecho favorável, mas o ambiente atual evidencia a vulnerabilidade do Brasil diante da política internacional dos EUA.

O mercado financeiro acompanha atento à semana decisiva, na esperança de evitar um impacto mais severo na economia brasileira. A expectativa é que, caso as tarifas sejam implementadas, o governo precise acelerar planos de contenção de impacto econômico.

Para mais detalhes e atualizações, acesse a fonte oficial.

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