Brasil, 29 de julho de 2025
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Guilherme Garboso lança “Roçando o Urbanismo”

Obra sonora aborda identidade e pertencimento na vida urbana

O artista Guilherme Garboso apresentará no dia 1º de agosto seu mais novo projeto, a obra sonora intitulada “Roçando o Urbanismo”. Com uma duração de 30 minutos, essa produção inovadora revisita temas como identidade, progresso e pertencimento através de um formato contínuo, que combina poesia falada, críticas sociais e ambientações imersivas.

A profundidade do projeto

A proposta de Garboso visa provocar reflexões sobre a vida urbana e seu vínculo com a natureza. Em entrevista ao iG Gente, ele enfatizou como a ideia de fluidez permeia sua obra. “A vida é fluida, não temos pausas, nem mesmo na morte – para muitas culturas. Por ser uma proposta que busca reflexões, ora irritantes e repetitivas, ora poéticas e ingênuas, trouxe como trajetória algo que comece e, mesmo que termine o som, sua finalização propõe uma continuidade para quem ouve”, declarou.

A narrativa de Roçando o Urbanismo é um espelho da vivência de Garboso entre diferentes territórios. Natural do interior paulista, onde teve contato direto com a natureza, Garboso também experienciou a vida agitada da capital São Paulo. Para ele, essa dualidade foi essencial no desenvolvimento de seu novo projeto.

A crítica à modernidade

A crítica social é um elemento central da obra. Garboso analisa o ritmo acelerado das cidades como um causador do esgotamento humano e da perda de identidade. “Nesses tempos que vivemos, sombrios em muitos aspectos, belos em outros tantos… Não podemos dejar de observar a desintegração das personalidades, do esgotamento de humanidade que a modernidade nos trouxe”, afirma.

A figura dos “urbanoides” surge como uma metáfora poderosa na narrativa, simbolizando a desumanização que é frequentemente imposta pela sociedade contemporânea. “Somos bilhões, mas não somos unidos, somos nossas bolhas… Ser urbanoide está diretamente vinculado à perda de nossa aceitação por cada forma humana de ser”, reflete Garboso.

O artista acredita que a sua obra deve permitir que cada ouvinte encontre um significado próprio a partir das suas experiências pessoais. “O que busco nessa obra é que as pessoas levem dela o que quiserem, porque as obras são nossas; elas nos conectam com nossas alegrias, nossos traumas, nos fazem pensar adiante, no aqui e agora, no amanhã que virá”, declarou.

Valorização da oralidade e da cultura

Outro aspecto fundamental do projeto é a valorização da oralidade e dos sotaques regionais. Garboso optou por destacar expressões populares como forma de resistência cultural. “Dar valor a tudo isso é o que nos faz sermos essa terra Brasil; é mais que digno, eu creio”, afirmou. Para ele, o sotaque é um símbolo de pertencimento e diversidade que não deve ser obliterado. “A forma como a gente fala carrega muita verdade. O sotaque é uma armadura contra o apagamento cultural”, pontua.

A cidade, em sua visão, é um organismo que grita incessantemente, sufocando seus habitantes. “A cidade grita o tempo todo. E muitas vezes a gente grita junto, sem nem perceber”, comentou.

Além disso, Garboso critica a relação das pessoas com a tecnologia, um tema que permeia seu trabalho. “A gente adora o que nem tem. A tecnologia virou quase uma religião, mesmo quando não nos serve”, disse. Para ele, o “urbanoide” representa o que resta quando a essência humana se dissolve na massa.

Roçando o Urbanismo será disponibilizado nas plataformas digitais em 1º de agosto, com um link de pré-save já disponível. O projeto será apresentado em concertos ao vivo, instalações sonoras e audições dirigidas, prometendo uma experiência imersiva e reflexiva para o público.

Para saber mais sobre a obra e suas reflexões, acesse a matéria completa.

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