Na última quarta-feira, o Wall Street Journal revelou que a procuradora-geral Pam Bondi alertou o então presidente Donald Trump, em maio, de que seu nome aparecia em uma grande quantidade de documentos relacionados a Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais. A informação aumenta o desgaste na tentativa de Trump de se distanciar do escândalo envolvendo Epstein, que se suicidou em 2019 enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual.
Revelações sobre os arquivos de Epstein e as menções a Trump
Segundo o jornal, durante uma reunião rotineira na Casa Branca, Bondi e seu segmento de auxiliares informaram a Trump que seu nome estava em documentos revisados pelo Departamento de Justiça. Os detalhes dos nomes, incluindo o do ex-presidente, foram considerados por funcionários como “boatos não verificáveis”. Um memorando do DOJ, divulgado em julho, afirmou que não há provas de uma lista de clientes que Epstein possa ter usado para chantagear figuras influentes.
Resposta de Trump e alegações de notícias falsas
O presidente respondeu às revelações classificando-as como uma “notícia falsa” e processou os jornalistas do jornal e o proprietário da publicação. “Não, não”, afirmou Trump, ao ser questionado sobre o assunto, destacando que seu advogado geral lhe deu uma “briefing rápido” antes de minimizar a relevância do episódio, chamando-o de “hoax” (fraude).
Implicações do relacionamento de Trump com Epstein
Apesar do distanciamento, é conhecido que Trump manteve contato com Epstein, sendo citado em registros de voos do bilionário. Recentemente, o jornal divulgou uma carta de aniversário contendo conteúdos obscenos enviada por Trump a Epstein. A relação com Ghislaine Maxwell, affair de Epstein, também é alvo de investigações governamentais, envolvendo pedidos de depoimento e contatos de altos cargos.
Reações e próximas etapas nas investigações
Na terça-feira, o vice-procurador-geral Todd Blanche mencionou a possibilidade de uma reunião com Maxwell nos próximos dias, enquanto a Comissão de Supervisão da Câmara dos Deputados anunciou a expedição de uma intimação para que Maxwell testemunhe em agosto. Recentemente, uma juíza federal de Florida negou que o Departamento de Justiça tornasse públicos os depoimentos do gran jury referentes às investigações do caso Epstein.
Especialistas e políticos comentam que a inclusão do nome de Trump nos arquivos é um episódio que pode ter desdobramentos políticos e judiciais, especialmente diante do contexto de investigação contínua e da tentativa de controle da narrativa oficial.
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