O governo dos Estados Unidos anunciou que, a partir de 1º de agosto, Donald Trump deverá aplicar uma nova rodada de tarifas comerciais com alíquotas que podem chegar a 50%. Essas medidas impactarão vários países, incluindo o Brasil, e se somam às tarifas já previstas para setores específicos e outros acordos comerciais recentes.
Principais mudanças tarifárias dos EUA e impacto para o Brasil
O anúncio ocorre em um contexto de guerra tarifária entre as maiores potências econômicas, com negociações ainda em curso para evitar aumentos nos impostos sobre bens importados. Segundo fontes do governo americano, a medida busca pressionar parceiros a colaborarem mais no combate ao tráfico de drogas e outras práticas consideradas desleais.
O Brasil, que mantém conversas para evitar repercussões econômicas, ainda tenta estabelecer uma estratégia de contenção para minimizar o impacto das tarifas, sobretudo nos setores de exportação.
Negociações e acordos comerciais recentes
Parceria com o Reino Unido
Em 8 de maio, Trump assinou um acordo com o Reino Unido, incluindo uma tarifa de 10% sobre produtos britânicos, além de limites na quantidade de veículos que podem ser importados com essa tarifa. Como contrapartida, o Reino Unido se compromete a facilitar a entrada de produtos agrícolas e energéticos americanos, além de investir US$ 500 bilhões em projetos no mercado estadunidense (veja mais em aqui).
Acordo com o Japão
No mesmo período, os EUA assinaram um tratado com o Japão, reduzindo tarifas sobre produtos japoneses de 24% para 15% e estabelecendo uma parceria de US$ 15 bilhões em energia, além de investimentos bilaterais de cerca de US$ 600 bilhões. Trump destacou o acordo como “o maior de todos os tempos” (leia mais).
Riscos de aumento de tarifas para países sob atenção
Países como Canadá, México, Coreia do Sul e Indonésia podem enfrentar novas tarifas a partir de agosto, de acordo com anúncios e negociações em andamento. Além disso, o Brasil corre risco de sofrer tarifas adicionais devido às ações de Trump, que já impôs uma tarifa unilateral de 50% no início de julho e anunciou uma investigação formal por práticas consideradas desleais.
Trump também declarou que, caso o Brasil reaja às ações americanas, serão implementadas novas tarifas proporcionais à de 50%. Essas decisões têm gerado preocupações no cenário diplomático e econômico.
Reações e perspectivas futuras
Enquanto alguns países tentam atenuar os efeitos dessas tarifas através de acordos temporários, outros permanecem em negociação constante. A crise tarifária americana tem provocado instabilidade no mercado global, com possíveis efeitos sobre a cadeia de exportações do Brasil e de outros parceiros.
Especialistas destacam que as próximas semanas serão decisivas para o futuro das relações comerciais entre os Estados Unidos e diversos blocos econômicos, incluindo o Brasil, que busca evitar prejuízos ao seu comércio internacional.
Fonte: O Globo
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