Brasil, 29 de julho de 2025
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Coronel do Exército confirma carta que pressionava cúpula por golpe

O coronel Fabrício Moreira de Bastos confirmou ao STF a existência de uma carta que buscava apoio militar para um golpe.

O cenário político brasileiro vive momentos conturbados, e novas revelações sobre ações golpistas surgem. O coronel do Exército Fabrício Moreira de Bastos confirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a existência da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”. Durante um interrogatório, ele declarou que recebeu ordens do seu superior no Centro de Inteligência do Exército (CIE) para receber e repassar o documento, que visa pressionar os altos comandantes na adesão a ações golpistas.

O papel de Fabrício Moreira de Bastos

Integrante das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, o coronel Bastos é réu no núcleo 3 da ação penal relacionada à tentativa de golpe de Estado ocorrido após a derrota do ex-presidente Bolsonaro. A revelação de sua ligação com a carta adiciona uma nova camada de complexidade à investigação em andamento, conduzida pelo STF e pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Durante o interrogatório, o coronel relatou que recebeu ordens do seu superior no CIE para encaminhar o documento quando ele estivesse pronto. Ele explicou que, embora não estivesse envolvido diretamente na elaboração da carta, ele foi um intermediário na sua distribuição. “Como participava do grupo de mensagens no qual a carta circulava, pedi que um colega me enviasse o arquivo”, afirmou Bastos.

A pressão sobre o alto comando do Exército

Segundo a PGR, a carta não é apenas um simples documento, mas uma tentativa de pressionar o alto comando do Exército a adotar uma postura favorável ao golpe. Mensagens de Bastos encaminhando a carta a outros militares reforçam essa tentativa de angariar apoio dentro das Forças Armadas.

O coronel também comentou sobre o conteúdo da carta, descrevendo-a como “muito mal escrita” e declarou que deveria ser entendida como um “desabafo” de alguns oficiais. Ele expressou dúvida sobre a eficácia da tentativa de pressão da carta, dizendo: “É de uma inocência esses quatro coronéis acharem que teriam o condão de pressionar 16 comandantes do Exército. É uma inocência quase franciscana.”

O contexto da investigação

A investigação da Polícia Federal (PF), que está em andamento, revelou tentativas de golpe por um grupo que se reuniu em Brasília no final de 2022, antes da invasão dos prédios públicos em 8 de janeiro de 2023. Durante essa reunião, abordou-se como agir contra o então ministro Alexandre de Moraes, considerado o “centro de gravidade” da resistência à tentativa de golpe.

Após a referida reunião, a PF informou que a carta em questão e os generais que se opunham ao golpe foram expostos publicamente por Paulo Figueiredo, revelando uma dinâmica de conflito interno dentro das Forças Armadas.

Implicações e desdobramentos futuros

As declarações do coronel Fabrício Moreira de Bastos ao STF têm o potencial de impactar significativamente o desenrolar da investigação e as repercussões políticas no Brasil. A tentativa de golpe não apenas expõe fraquezas institucionais, como também levanta questões sobre a lealdade e a ética dentro das Forças Armadas.

Enquanto isso, a sociedade civil brasileira aguarda ansiosamente as próximas etapas da investigação e as medidas que serão tomadas pelos poderes constituídos para garantir a democracia e a ordem pública no país. A ação do STF e da PGR continua crucial para a manutenção da estabilidade nas instituições brasileiras.

Para mais detalhes sobre o caso, acesse a fonte original aqui.

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