No último dia 23 de julho, um caso alarmante envolvendo a segurança dos animais em serviços de estética pet ocorreu em uma unidade da rede Pet Fun, localizada no Shopping MAP Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Thays Tagliari, tutora de um buldogue francês chamado Barthô, denunciou que seu cão sofreu queimaduras durante um banho na loja, resultando em feridas visíveis pelo corpo do animal.
O que aconteceu com Barthô
Segundo Thays, os ferimentos foram causados pelo tempo excessivo que Barthô passou dentro da máquina de secagem, processo frequentemente utilizado para deixar os animais com pelo sequinho e macio. Thays notou que algo estava errado algumas horas após levar Barthô para casa, quando observou várias feridas na barriga, no focinho, nas patas e nas orelhas do cão. “Ele não conseguia se deitar com a barriga no chão por causa das queimaduras”, lamentou a tutora.
Thays compartilhou imagens do animal em suas redes sociais, onde é possível ver marcas e áreas sem pelos predominantemente na barriga, além de orelhas avermelhadas e focinho em condições preocupantes. A situação gerou repercussão e indignação entre os amantes de animais nas redes sociais.
Busca por respostas
Na quinta-feira, dia 24, a tutora retornou à loja para buscar esclarecimentos sobre o ocorrido. No entanto, os funcionários apresentaram versões contraditórias: enquanto alguns alegaram que Barthô se queimou na secadora, outros minimizavam a situação, afirmando que o cão havia saído da loja em boas condições. Frustrada com a falta de um retorno claro, Thays procurou a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e registrou um boletim de ocorrência.
Além disso, um laudo clínico emitido por uma das clínicas da própria rede PetFun chamou a atenção da tutora. O documento contradiz as informaçõe duvidosas fornecidas por funcionários, afirmando que Barthô “machucou-se na grade” durante o banho, em vez de mencionar as “lesões por aquecimento”. Esse tipo de discrepância levanta questionamentos sobre a gestão e os procedimentos de segurança adotados pela empresa.
Condições clínicas de Barthô
A tutora confirmou que Barthô está sob tratamento médico e, após 72 horas críticas, apresentou melhora em seu estado físico. No entanto, o animal continua a mostrar sinais de trauma e medo. “Ele ficou acuado, mas já voltou a brincar com o irmão e conosco”, contou Thays, destacando a importância da saúde emocional dos pets, que podem ser tão afetados por experiências traumáticas quanto os humanos.
Silêncio da Pet Fun e o que esperar
O G1 tentou contato com a Pet Fun para obter uma posição oficial sobre o caso, mas até a última atualização desta reportagem, a empresa não havia se pronunciado. A situação levanta questões sobre a regulamentação de serviços de beleza e bem-estar animal e a necessidade de uma maior proteção para animais durante esses procedimentos.
Esse incidente não é um caso isolado e destaca a urgência de estabelecer normas de segurança adequadas e de treinamento para todos os funcionários que lidam com animais em ambientes comerciais. A conscientização sobre os direitos dos animais é fundamental, e a responsabilidade dos serviços de estética pet deve ser reforçada para garantir que episódios como esse não voltem a acontecer.
Thays Tagliari, além de buscar justiça por Barthô, espera que sua denúncia sirva de alerta para outros tutores sobre a importância de escolher com critério os serviços para seus pets. “Precisamos falar mais sobre isso e garantir que nossos animais estejam sempre seguros”, finalizou.