Brasil, 29 de julho de 2025
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Morre Dona Jacira, mãe de Emicida e Evandro Fióti, aos 60 anos

Dona Jacira, uma figura marcante na vida dos artistas Emicida e Evandro Fióti, faleceu aos 60 anos em São Paulo.

Dona Jacira Roque de Oliveira, mãe do famoso rapper Emicida e do empresário e cantor Evandro Fióti, faleceu na última segunda-feira (28) em São Paulo, aos 60 anos. A notícia foi confirmada por Fióti ao portal UOL. Dona Jacira estava hospitalizada e, embora a causa da morte não tenha sido divulgada, a luta dela contra o lúpus, uma condição que a obrigava a realizar hemodiálise há mais de 25 anos, foi um importante fator em sua trajetória de vida.

A trajetória de vida de Dona Jacira

Nascida na zona norte de São Paulo, Dona Jacira enfrentou diversas adversidades ao longo de sua vida. Desde a infância, quando sofreu maus-tratos, até a adolescência, quando se casou e perdeu o marido, sua vida foi marcada por desafios. Ela enfrentou dificuldades financeiras significativas para criar seus filhos, Emicida e Fióti, e frequentemente falava sobre as dificuldades enfrentadas na luta diária.

Emicida, seu filho mais velho, sempre destacou a força e a determinação de sua mãe, que trabalhou como empregada doméstica. “Minha mãe foi empregada doméstica durante anos, e ela não podia comer na mesma mesa que as pessoas, usar os mesmos talheres e nem podia comer a mesma comida”, relembrou o artista em uma participação no programa Papo de Segunda. Essa experiência trouxe para a vida deles uma base sólida de valores que os influenciou na construção de suas carreiras.

Apoio à cultura e à tradição

Com o passar dos anos, Dona Jacira se aprofundou na arte e na escrita. Seus trabalhos frequentemente abordavam temas relacionados à oralidade, à cultura negra e aos saberes ancestrais, buscando criar uma conexão entre sua dor pessoal e a cura e autoconhecimento que a arte pode proporcionar. Ela era uma defensora apaixonada da cultura afro-brasileira e sua contribuição nesse campo foi significativa.

Recentemente, Dona Jacira se posicionou publicamente durante a disputa judicial entre Emicida e Fióti sobre a empresa Laboratório Fantasma, evidenciando seu papel de mediadora e apoiadora entre os filhos. Em um post nas redes sociais, afirmou: “Qualquer objetivo é fraco para qualificar a importância da tradição oral, nas civilizações de matriz africana. Fioti, sua dor é nossa dor.” Este testemunho não apenas reflete seu caráter generoso, mas também a urgência de preservação das raízes culturais.

O legado de Dona Jacira

A morte de Dona Jacira representa uma enorme perda para a comunidade artística e cultural brasileira, especialmente considerando que seus filhos são dois dos mais importantes representantes da música e da cultura urbana do país. A memória de Dona Jacira viverá através da arte de Emicida e Evandro Fióti, que continuam a expressar as lutas e as vitórias de suas vidas e da cultura afro-brasileira.

Ainda não houve um retorno das assessorias dos artistas sobre a morte de Dona Jacira, mas a repercussão nas redes sociais mostra o impacto que ela teve na vida de tantos, em especial como mãe e como figura central na formação de seus filhos.

À medida que o Brasil lamenta a perda de uma mulher tão forte e resiliente, é importante lembrar seu legado e a importância da valorização das vozes e histórias que muitas vezes são silenciadas. Dona Jacira deixa um legado de amor, luta e resistência que continuará a ressoar por gerações.

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