Brasil, 29 de julho de 2025
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Jill Scott MBE fala sobre racismo, progresso e futuro do futebol feminino na Euro 2025

A ex-jogadora da Inglaterra, Jill Scott MBE, discute a evolução do futebol feminino, o racismo persistente e os desafios de um esporte em transformação

Na véspera da final da UEFA Women’s EURO 2025, Jill Scott MBE, ícone do futebol inglês, falou sobre as conquistas, as dificuldades enfrentadas pelas jogadoras negras e os passos necessários para um futuro mais inclusivo no esporte.

O caminho do progresso no futebol feminino e os obstáculos atuais

Ao analisar a evolução do futebol feminino desde sua carreira de mais de 30 anos, Jill destacou os avanços em diversidade e inclusão, impulsionados por torcedores dedicados e por marcas como a Heineken, que investem na mudança cultural dentro do esporte.

Apesar das melhorias, ela reconhece que o racismo ainda assombra o futebol, especialmente nas redes sociais. “Ver jogadoras como Jess Carter receber mensagens racistas é devastador”, afirmou Jill. Ela reforça a necessidade de plataformas de mídia social implementarem medidas mais rígidas para coibir esse tipo de abuso.

Combate ao racismo e o impacto na saúde mental das jogadoras

Scott destacou a importância de a comunidade do futebol se unir contra o ódio online. “Jess tinha o sonho de jogar pela Inglaterra, e o racismo que enfrentou é algo que nos entristece profundamente”, disse ela. A ex-jogadora apoia o posicionamento de Carter, que decidiu se afastar das redes sociais para proteger sua saúde mental.

“Precisamos que as plataformas criem mecanismos para impedir que mensagens racistas cheguem às jogadoras”, acrescentou. “Elas merecem jogar com sorriso no rosto, sem medo de serem alvo de ódio.” A união de torcedores, clubes e Federações é fundamental para fortalecer a luta contra o racismo.

Desigualdade salarial no futebol feminino e os passos em direção à equidade

Questionada sobre as diferenças de remuneração entre homens e mulheres, Jill reconhece que o futebol feminino ainda tem um longo caminho a percorrer. “Desde que assinei meu primeiro contrato profissional, há mais de uma década, a situação melhorou bastante, mas ainda há muito por fazer”, afirmou.

Ela destaca a importância de os clubes levarem os jogos femininos a estádios maiores, como o Arsenal, que agora disputa as partidas na Emirates Stadium. “Isso revela que estamos avançando, e a tendência é de melhora contínua”, explicou.

Inspiração para as futuras gerações de jogadoras

Para as jovens que sonham em seguir seus passos, Jill deixou uma mensagem de motivação: “Aproveitem o momento e tenham paixão pelo que fazem. Se gostarem de verdade, estarão dispostas a trabalhar duro, e quando vestirem a camisa da Inglaterra, será o maior orgulho de suas vidas.”

Questionada sobre quem levará a taça nesta final, Jill não hesitou: “Claro, que seja a Inglaterra!”, afirmou com sorriso no rosto, refletindo sua esperança de conquista da equipe britânica neste sábado.

Perspectivas para o futuro do futebol feminino

Embora o futebol feminino tenha avançado bastante, Jill reforça que o caminho ainda exige dedicação de todas as partes envolvidas, das federações às torcidas. “A trajetória é de crescimento, e precisamos continuar trabalhando para garantir respeito, inclusão e igualdade salarial”, disse.

Enquanto os torcedores vibram e as jogadoras enfrentam novos desafios, a ex-atleta enfatiza que a luta por um esporte mais justo é uma responsabilidade coletiva e que as próximas gerações terão um papel crucial nesse processo.

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