No último domingo (27), o programa “Fantástico” apresentou a primeira entrevista da apresentadora Tati Machado e de seu marido, Bruno Monteiro, após a trágica perda do bebê Rael, que ocorreu após 33 semanas de gestação. A conversa, conduzida pela jornalista Renata Capucci no apartamento do casal, no Rio de Janeiro, foi marcada por emoção e sensibilidade, abordando de maneira profunda o luto que enfrentam.
A conexão entre Renata e Tati
Renata Capucci deu início à conversa compartilhando sua própria experiência de perda: “Uma triste coincidência nos une, né, Tati? Perdemos nossos filhos com 33 semanas de gravidez. Comigo foi há 20 anos e no seu caso, é muito recente. Você ainda está processando esse luto. Como você está?”. Essa pergunta ecoou a dor compartilhada e estabeleceu uma conexão profunda entre ambas, um momento que se tornou um dos destaques da entrevista.
A jornada de Renata Capucci
A profissional da comunicação já havia discutido abertamente suas experiências de perdas gestacionais em 2018, durante sua participação no reality show “Popstar”. Naquela ocasião, em uma conversa com o programa “Mais Você”, ela relembrou os três abortos espontâneos que viveu, sendo o primeiro deles o do filho Bernardo, também com 33 semanas de gestação. Renata comentou: “Nunca tive dificuldade para engravidar. Meu problema sempre ocorreu durante a gestação. Logo que nos casamos, engravidei do Bernardo, mas o perdi com 33 semanas. Você pode imaginar?”
A jornalista descreveu o momento devastador em que descobriu a morte do bebê: “Senti que ele não se mexia, fui ao médico e, no ultrassom, vi o coração parado. Falei: ‘Meu filho está morto’. Seu mundo desaba. Tínhamos o quarto pronto, as roupinhas… É um luto devastador, mas você segue em frente porque o sonho de ser mãe é mais forte.”
Apesar das dificuldades, Renata também compartilhou um pouco de sua trajetória após essas perdas. Ela deu à luz Lily, que hoje tem 19 anos, e mais tarde teve Diana, nascida em 2013. Entre ambas as gestações, ela ainda enfrentou outras intercorrências, mas continuou determinada em relação ao seu desejo de ser mãe. “Fiz todos os exames, mas nunca descobri o motivo. Hoje entendo que era para ser assim: eu seria mãe só da Lily e da Diana. Se soubesse que passaria por tudo isso para tê-las, faria de novo”, declarou, emocionada.
Tati Machado e o processo de cura
Na mesma entrevista, Tati Machado e Bruno Monteiro compartilharam os intensos desafios que enfrentam diante da ausência de Rael. A apresentadora, comovida, ressaltou a importância do apoio mútuo e da rede de afeto que os rodeia. Embora a dor da perda ainda esteja presente, o casal demonstrou notável resiliência e uma expectativa positiva quanto ao futuro.
A abordagem sensível do tema, tanto por parte de Renata quanto de Tati, gera uma reflexão importante sobre o luto e como ele é vivenciado. Tal conversa não apenas destaca o sofrimento de quem perde um filho, mas também oferece um espaço de acolhimento e empatia, essencial para quem passa por experiências tão dolorosas.
A entrevista foi uma oportunidade de mostrar que, apesar da tragédia, o amor e a esperança continuam a existir. A coragem de ambas em compartilhar suas histórias inspira muitos a buscar apoio emocional e a enfrentar suas dores, reforçando que, mesmo em meio ao luto, a vida pode ainda carregar significados profundos e novas possibilidades.
Essa conversa, além de muito emocional, é um convite à reflexão sobre a importância da empatia e da solidariedade em momentos de perda. O apoio mútuo é essencial para o processo de cura, e o testemunho de Renata e Tati é um lembrete de que não estamos sozinhos em nossas dores.
