Uma publicação nas redes sociais afirma que o governo federal excluiu cerca de 900 mil famílias do Bolsa Família entre junho e julho deste ano. No entanto, essa informação não corresponde aos fatos verificados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Saída de beneficiários ocorreu por aumento de renda
De acordo com o governo, aproximadamente 958 mil famílias deixaram o programa devido ao aumento na renda familiar. A mudança na situação econômica das famílias, que ultrapassaram o limite de elegibilidade, motivou essa saída.
Pelo critério atual, as famílias beneficiadas pelo Bolsa Família não podem ter renda mensal superior a R$ 218 por pessoa. Quando a renda ultrapassa esse valor, mas ainda fica abaixo de meio salário mínimo, a família entra na chamada “regra de transição”, recebendo 50% do benefício por até dois anos.
Regras de transição foram alteradas
Em maio deste ano, o governo anunciou que, a partir de junho, o prazo de transição seria reduzido para um ano, sem impactar as famílias que já estavam no programa. Portanto, a saída de famílias em julho está relacionada ao fim desse período de transição, não a um corte abrupto no benefício.
Detalhes sobre a saída de beneficiários
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, 536 mil famílias deixaram o Bolsa Família após completarem o período de dois anos na regra de proteção. Outras 385 mil famílias saíram por apresentarem renda acima do limite estabelecido.
Essas informações demonstram que o movimento de saída de beneficiários está ligado ao acompanhamento da renda familiar, e não a uma redução ou corte do programa.
Perspectivas e esclarecimentos
Especialistas apontam que a mudança na regra é uma atualização na política de assistência social, voltada a garantir que o benefício continue acessível às famílias que realmente precisam. A circulação de informações incorretas reforça a importância de verificar fontes antes de disseminar dados sensíveis.
Para conferir mais detalhes e acompanhar futuras atualizações, acesse o site de checagens do G1.