Brasil, 28 de julho de 2025
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Senadores brasileiros vão aos EUA para discutir tarifaço de Trump

Senadores brasileiros tentam negociar tarifas anunciadas por Trump, evidenciando a influência de Steve Bannon na decisão.

Na manhã de segunda-feira (28), senadores brasileiros iniciam uma missão empenhada em sensibilizar seus pares nos Estados Unidos em relação ao tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump, previsto para entrar em vigor no próximo 1º de agosto. Apesar das incertezas sobre o resultado das reuniões, os parlamentares carregam uma convicção: o processo judicial contra Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, não teria sido mencionado por Trump na publicação que anunciou as tarifas sem a atuação decisiva de Steve Bannon.

A estratégia da delegação brasileira

A comitiva de senadores foi formada com o objetivo de estabelecer diálogos com o governo americano. Nas conversas preparatórias, ficou claro que, inicialmente, o tarifaço não estaria atrelado ao desfecho do processo judicial que envolve Bolsonaro. Contudo, uma reversão repentina na decisão de Trump foi atribuída à influência de Bannon, que interviu para incluir o ex-presidente brasileiro no tuíte que anunciou as tarifas no dia 7 de julho.

Bannon, conselheiro de Trump e conhecido por sua influência na direita americana, expressou sua preocupação em relação à situação de Bolsonaro. “Estamos muito aborrecidos com isso”, afirmou Bannon ao portal UOL após o anúncio das tarifas. Ele ainda indicou que sanções financeiras severas podem recair sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, devido à sua posição em relação ao discurso de Bolsonaro.

A influência de Steve Bannon nas decisões de Trump

Com uma visibilidade crescente na mídia, especialmente em seu podcast War Room, Bannon tem utilizado seu espaço para defender Bolsonaro e atacar Moraes. Durante entrevistas recentes, Bannon deixou claro que há uma mobilização a partir do governo americano para implementar sanções contra autoridades brasileiras, complicando ainda mais as negociações em torno das tarifas.

Os senadores, cientes da proximidade de Bannon com a Casa Branca, têm relatado que não desejam criar expectativas excessivas sobre os encontros que terão nos Estados Unidos até quarta-feira (30). “Precisamos fazer algo”, disseram os parlamentares, enquanto se preparam para reuniões com empresários brasileiros e americanos, além de parlamentares republicanos e democratas.

Composição da comitiva

A comitiva é composta por diversos senadores, incluindo ex-ministros do governo Bolsonaro, como Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP). Também fazem parte da delegação figuras políticas como o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e outros senadores como Nelsinho Trad (PSD-MS), Carlos Viana (Podemos-MG) e Rogério Carvalho (PT-SE). Embora os senadores tenham a intenção de estabelecer diálogos significativos, não está prevista a realização de reuniões com membros do governo Trump no momento.

Desafios nas negociações

Os senadores reconhecem que a presença de Bannon como um ator político forte pode dificultar o processo de negociação com o governo dos Estados Unidos, uma vez que a combinação de fatores ideológicos e econômicos pode inviabilizar acordos. A expectativa é que as conversas durante a visita ajudem a esclarecer a situação e possam abrir caminhos para um entendimento mais favorável entre os dois países.

Enquanto isso, a situação dos gêmeos do Brasil com os EUA continua sendo um tema de elevado interesse, tanto no cenário político quanto econômico. O desenlace dessa visita e das deliberações em torno do tarifaço ainda é incerto, mas os senadores brasileiros estão determinados a não deixar de lutar por uma solução que contenha os danos que essas tarifas poderiam ocasionar à economia nacional.

Com um panorama repleto de desafios e incertezas, a comitiva pode, ao menos, almejar luz sobre o futuro das relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos, em meio a pressões políticas decorrentes da influência de figuras como Steve Bannon.

O desfecho dessas negociações será acompanhado de perto e poderá ter repercussões significativas tanto no ambiente político brasileiro quanto no cenário econômico nacional.

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