Brasil, 28 de julho de 2025
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Tarifaço de Trump acirra disputa entre governo Lula e governadores

A nova taxação de Donald Trump aumenta a tensão entre o governo Lula e opositores, revelando um cenário político conturbado.

Com a proximidade da implementação do tarifaço de Donald Trump, marcada para a próxima sexta-feira, a disputa política entre o governo Lula e seus adversários, especialmente os governadores de direita, chegou a um ponto de ebulição. A medida, que promete impactar a economia brasileira, tem gerado reações de diversos políticos e figuras importantes no cenário nacional.

Reação do governo e dos governadores

Recentemente, Jorge Messias, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), defendeu os esforços da gestão Lula para tentar reverter os efeitos dessa nova taxação, contestando as críticas feitas por candidatos à presidência que buscam se posicionar como alternativas ao governo atual. Dentro deste contexto, a ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, já havia expressado seu descontentamento com declarações de governadores como Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Ronaldo Caiado, de Goiás, e Ratinho Júnior, do Paraná.

Messias criticou a postura dos governadores de direita, dizendo que eles “fingem ignorar” que as sanções são resultado das ações da família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, os governadores que clamam por união para enfrentar a nova realidade econômica não reconhecem que os sérios prejuízos causados pelas sanções decorrem de políticas que foram defendidas e promovidas por Bolsonaro e sua família.

Conflitos e disputas pelo protagonismo

O embate entre o governo e os governadores se intensificou após um painel da XP Investimentos que ocorreu em São Paulo, onde Tarcísio, Caiado e Ratinho Jr. tentaram apresentar uma alternativa para o que consideram a falta de diálogo do governo federal com os Estados Unidos. Tarcísio destacou que estava buscando negociar diretamente com representantes americanos para aliviar os impactos do tarifaço, já que o governo federal, segundo ele, estaria desinteressado em dialogar sobre o assunto.

Em resposta, Gleisi Hoffmann rebateu as acusações de Tarcísio, afirmando que a verdadeira barreira ao diálogo com os Estados Unidos é a exigência de anistia a Bolsonaro, além do impeachment de ministros do STF, para que se possa discutir a suspensão das sanções contra o Brasil. A ministra classificou a crítica como um “oportunismo lamentável” por parte do governador paulista.

A retórica da oposição

A retórica crítica não se limitou aos governadores. O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, também se manifestou, propondo que a minimização do papel de Jair Bolsonaro na criação do tarifaço é um erro que apenas prolongará a crise. Eduardo destacou que Trump, em diversas ocasiões, mencionou Bolsonaro e pediu pela suspensão de perseguições contra o ex-presidente, questionando assim a postura dos governadores.

No evento da XP, Caiado foi um dos que criticou a falta de comunicação do governo Lula com os governadores afetados, citando a defesa da soberania nacional como um discurso que não representava os interesses dos Estados que sentiriam na pele as consequências do tarifaço.

Expectativas para o futuro político

O tarifaço não apenas impacta a economia, mas também redefine as relações políticas em um ano que se prepara para as disputas eleitorais de 2026. Governadores promissores na pesquisa de intenção de votos se veem em uma posição delicada, buscando equilibrar o apoio a Bolsonaro com a necessidade de atender às demandas de seus eleitores que sofrerão com as consequências do tarifaço.

À medida que as eleições se aproximam, será interessante observar como essas disputas irão moldar o cenário político e econômico no Brasil e se os esforços do governo Lula em negociar com os Estados Unidos resultarão em um alívio real para a população brasileira.

Com um ambiente político tão fervoroso e uma medida tão significativa prestes a ser implementada, é claro que a comunicação e as alianças políticas serão cruciais para determinar a resposta do Brasil a este novo desafio imposto pelo ex-presidente americano. O rumo das discussões nos próximos dias será fundamental para moldar o futuro do país em um momento de incertezas econômicas e políticas.

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