Brasil, 28 de julho de 2025
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Estados Unidos e China reúnem-se para discutir extensão de trégua tarifária

Autoridades dos EUA e China se encontram em Estocolmo para negociar a prorrogação da trégua tarifária e reduzir tensões comerciais

Nesta segunda-feira (27), representantes de Estados Unidos e China se reuniram em Estocolmo para tratar da possível extensão da trégua tarifária vigente entre os dois países, cujo prazo termina em meados de agosto. O encontro, que dura até terça-feira, também abordou outras questões relacionadas às tensões comerciais e à estratégia de negociações bilaterais.

Negociações para ampliar a trégua tarifária entre EUA e China

O vice-premiê chinês He Lifeng e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, lideraram as delegações nas conversas, as quais representam o terceiro encontro em menos de três meses. Segundo fontes oficiais, há um otimismo moderado sobre a possibilidade de uma nova extensão do acordo, o que poderia facilitar futuras negociações bilaterais.

Temas em pauta: tarifas, sanções e controle de exportações

Entre os temas discutidos, estão a duração da suspensão de tarifas atuais, impostos relacionados ao tráfico de fentanil, além das compras chinesas de petróleo russo e iraniano sob sanções internacionais. Segundo informações de autoridades norte-americanas, o objetivo é alcançar maior previsibilidade para as empresas que atuam no comércio bilateral.

Sobre o controle de exportações, o centro das discussões está no domínio da China sobre terras raras – essenciais para veículos elétricos e tecnologia de ponta – e nas restrições impostas pelos EUA à exportação de chips avançados usados em inteligência artificial.

Contexto e perspectivas para futuras negociações

Apesar do otimismo de Bessent, que afirmou que o comércio com a China “está em um ótimo momento”, analistas avaliam que as tarifas sobre produtos chineses continuam elevadas, tornando as trocas comerciais mais caras e complexas. O especialista Sun Chenghao, da Universidade Tsinghua, destacou que a China estaria disposta a colaborar mais no combate ao tráfico de fentanil, desde que os EUA removam as tarifas e apresentem provas concretas de crimes.

Um eventual avanço neste diálogo pode abrir caminho para um encontro entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping, possivelmente em uma cúpula na Coreia do Sul ainda neste ano. Xi convidou Trump para visita à China, mas ainda não há data confirmada.

Implications and broader geopolitical factors

Além das negociações específicas, as discussões envolvem também a questão das compras de petróleo sob sanções, incluindo as importações de China de petróleo russo e iraniano, alvo de restrições internacionais. Pequim reitera sua posição de não colaborar com tentativas de usar o país para enfraquecer a Rússia, enquanto ambas as nações buscam ajustar suas estratégias de cooperação econômica.

Os EUA continuam atentos ao excesso de produção industrial da China, que pressionam os mercados globais. Segundo Bessent, há a expectativa de que a China reduza sua manufatura excessiva e desenvolva uma economia mais voltada ao consumo interno.

Para o analista Rafael Almeida, do Instituto de Relações Internacionais, o resultado dessas negociações poderá definir novos rumos na relação bilateral, impactando a economia global e os acordos comerciais futuros. Fonte: O Globo

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