Brasil, 28 de julho de 2025
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Jay Leno critica humoristas de late-night por polarização política

Em entrevista, Jay Leno ataca programas que alienam parte do público com humor político unilateral.

O comediante Jay Leno, conhecido por seu papel no The Tonight Show, fez comentários impactantes sobre o cenário atual dos programas de humor noturno. Durante uma recente entrevista com a Ronald Reagan Presidential Foundation, Leno criticou os apresentadores que adotam um humor político que só agrada a metade de seu público, enfatizando a importância de alcançar todos os espectadores com suas piadas.

A crítica de Leno ao humor político atual

Com 75 anos, Leno observa que muitos humoristas de late-night se inclinam para um lado do espectro ideológico, alienando, assim, uma parte significativa do seu público. Ele argumenta que um humor equilibrado, que abrange tanto democratas quanto republicanos, é fundamental para capturar a atenção de todos. “Eu recebia cartas de ódio dizendo: ‘Você e seus amigos republicanos’ e outra dizendo: ‘Espero que você e seus amigos democratas estejam felizes’ — sobre a mesma piada”, disse Leno.

Essas declarações surgem em um contexto em que vários programas de televisão, especialmente nas plataformas de late-night, enfrentam críticas por serem tendenciosos em seu conteúdo. A discussão se intensificou nos últimos dias, após anúncios de cancelamento de shows de late-night, como o de The Late Show com Stephen Colbert.

O panorama dos programas de late-night

A parte da entrevista que inclui as críticas de Leno a esses programas foi divulgada no YouTube e rapidamente viralizou, especialmente após a CBS anunciar o cancelamento do programa de Colbert, programado para julho de 2026. A decisão, que a emissora descreveu como motivada por razões financeiras, gerou especulações sobre a influência de críticas políticas e da percepção de parcialidade na escolha de convidados.

O posicionamento de Leno em relação ao humor

Leno, ao longo de sua carreira, sempre valorizou a neutralidade ao abordar temas políticos em sua comédia. Ele expressou que sua intenção é proporcionar ao público uma fuga das tensões do cotidiano, em vez de prolongar divisões políticas. “Eu adoro humor político — pode não me entender mal. Mas as pessoas acabam se acomodando muito em um lado ou outro”, relatou Leno, ressaltando que o objetivo deve ser entreter e não polarizar.

Ele também fez uma referência ao seu amigo, o comediante Rodney Dangerfield, destacando que ele nunca soube qual era a posição política de Dangerfield, pois ambos se concentravam apenas em fazer piadas e no que realmente importa: a risada do público.

Repercussão na indústria do entretenimento

O anúncio do cancelamento de The Late Show veio após Colbert criticar publicamente a CBS, levantando questionamentos sobre pagamentos financeiros realizados à administração Trump. Essa crítica mais ampla sobre o conteúdo dos programas de late-night não passou despercebida, com outros humoristas, como Jimmy Fallon, manifestando apoio a Colbert. A discussão em torno de quem deve ser o público-alvo dos programas de late-night continua a ser uma questão controversa.

Por que o humor deve ser inclusivo?

A mensagem de Leno é clara: há uma necessidade evidente de que os humoristas se esforcem para conectar-se com uma audiência mais ampla. “Por que se contentar com apenas metade da plateia? Por que não tentar alcançar todos?”, questionou. Essa visão sugere um retorno a um estilo de comédia que busca unir, em vez de dividir. É um lembrete de que o papel do humor é, em muitos casos, aliviar as tensões, e não aumentá-las.

À medida que a mídia continua a evoluir, o debate sobre o papel e a responsabilidade dos apresentadores de late-night se torna cada vez mais relevante, não apenas para o entretenimento, mas também para a programação e o discurso político no Brasil e no mundo.

Assim, as palavras de Leno ressoam como um apelo para que os comediantes adotem uma abordagem mais equilibrada em seus programas, pensando em um entretenimento que transcenda a polaridade política.

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