O governo dos Estados Unidos, sob liderança de Donald Trump, anunciou um acordo preliminar com a União Europeia nesta semana, que prevê tarifas de 15% sobre exportações europeias e contrapartidas bilionárias, incluindo compras de energia e novos investimentos. Enquanto isso, o Brasil enfrenta a possibilidade de tarifas de até 50% em produtos de exportação, o que levanta preocupações nacionais e diplomáticas.
Avanços nos acordos comerciais dos EUA com aliados
Entre os países com acordos recentes, Trump firmou negociações com a UE, Japão, Reino Unido, Vietnã, Indonésia e Filipinas. Segundo o anúncio, o pacto com a UE contempla tarifas de 15% e uma troca de investimentos, incluindo US$ 750 bilhões em energia e investimentos europeus nos EUA. Detalhes do acordo foram divulgados pelo jornal O Globo.
Reações brasileiras e impacto nas exportações
O governo Lula alertou que as tarifas americanas representam uma medida unilateral e arbitrária, tentando atuar diplomática-mente para reverter ou minimizar os efeitos. A medida afeta produtos como carne bovina, café e suco de laranja, importantes para as exportações brasileiras. Segundo fontes do governo, as tarifas podem entrar em vigor a partir do dia 1º de agosto, caso não haja uma resolução.
Brasileiros tentam evitar retaliações
Apesar de ter enviado uma carta a Washington em maio solicitando maior diálogo comercial, o Brasil ainda não recebeu respostas concretas. Autoridades brasileiras consideram as ações americanas uma forma de pressão, tendo em vista a resistência dos EUA em reabrir negociações e temendo uma possível retaliação comercial que pode elevar tarifas do lado americano.
Contexto diplomático e reação internacional
Analistas de relações internacionais apontam que a postura dos EUA, incluindo ataques diretos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e relations com o Brasil, reflete uma estratégia de pressão que, segundo críticos, assemelha-se a uma forma de chantagem. A revista The Economist descreveu a ação como uma “chocante agressão”.
Para o especialista Amorim, em entrevista ao Globo, a UE não participou de nenhuma agressão ao sistema judicial, diferentemente do que alguns políticos brasileiros alegam. “Não dá para comparar o acordo com a UE com a situação do Brasil”, afirmou.
Perspectivas futuras
Enquanto o governo brasileiro trabalha para conter o impacto das tarifas, a expectativa é de que a questão seja levada às instâncias diplomáticas e ao diálogo com os EUA. Mini-stras e assessores afirmam que o Brasil tenta manter uma postura de resistência, mas o cenário internacional permanece tenso diante da movimentação americana por alianças estratégicas e pressões comerciais.