Funcionários familiarizados com a posição de Pequim afirmam que a delegação chinesa pressionará os EUA para discutir tarifas relacionadas ao fentanil, uma droga responsável por muitas mortes nos Estados Unidos. A medida faz parte de tensões comerciais e de segurança entre as duas potências, que se intensificaram após a imposição, pelo presidente Donald Trump, de uma taxa adicional de 20% sobre importações chinesas em março.
Tensões comerciais e combate ao fentanil
Trump justificou a tarifa como uma resposta à insuficiência de Pequim em conter o fluxo da droga para os Estados Unidos. “A China não fez o suficiente para interromper o tráfico de fentanil, o que representa uma ameaça à saúde pública americana”, declarou o presidente na época. Segundo fontes próximas às discussões, Pequim pretende reforçar o diálogo sobre essa questão na tentativa de aliviar a pressão comercial.
Pressão em negociações comerciais
As tarifas de 20% sobre produtos chineses permanecem em vigor, mas há planos de extensão do acordo. Conforme divulgado pelo jornal chinês G1, ambos os lados estenderão a trégua tarifária por mais 90 dias, enquanto continuam as negociações bilaterais.
Analistas destacam que essa pressão chinesa tem o objetivo de obter concessões em outras áreas da relação comercial, além de tentar reduzir as tarifas de Trump e aliviar o impacto na economia global, que já sentiu os efeitos das tensões entre as duas maiores economias do mundo.
Perspectivas para os próximos meses
Especialistas apontam que o diálogo sobre tarifas do fentanil será um dos principais temas nas próximas reuniões bilaterais. Uma solução conciliatória pode amenizar a guerra comercial, mas também exige maior cooperação no combate ao tráfico de drogas.
Segundo fontes do governo chinês, Pequim está disposta a continuar negociando de forma “aberta e construtiva”, buscando um equilíbrio entre a segurança e os interesses comerciais.