Brasil, 27 de julho de 2025
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A história de amor e superação de um casal refugiado ucraniano

No Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, a comovente jornada de Tetyana e Vasyl, que fugiram da guerra e encontraram esperança na Transcarpática.

No Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, celebrado em 27 de julho, a história de Tetyana e Vasyl, um casal de cônjuges refugiados da Ucrânia, se destaca como um símbolo de resiliência e amor. Eles compartilharam sua jornada com a mídia vaticana, narrando como conseguiram escapar da guerra e encontrar um novo lar na região da Transcarpática, onde receberam apoio incondicional da comunidade greco-católica e outros voluntários.

A fuga de Kiev e a acolhida em Uzhhorod

O dia 24 de fevereiro de 2022 começou em Kiev com fortes explosões e um clima de medo, ansiedade e desespero. Tetyana, de 66 anos, e Vasyl, de 71, recordam com emoção como decidiram deixar a cidade, preocupados com a segurança de seus filhos e neta. “A estrada estava sob bombardeios e o trânsito era caótico”, relembra Tetyana, descrevendo a longa fila de carros em direção ao oeste da Ucrânia. Ao chegarem a Uzhhorod, trouxeram consigo apenas o essencial. Graças à generosidade de voluntários da região, encontraram abrigo e alimentos, além de apoio emocional.

A cidade de Uzhhorod tornou-se um porto seguro, com a igreja greco-católica local oferecendo um centro de acolhimento, onde os deslocados recebiam assistência, alimentos e roupas. “Aquilo nos deu esperança em meio ao caos”, diz Vasyl. Com muitos anos de experiência no setor de construção civil, o casal rapidamente se adaptou, continuando a trabalhar online em projetos de reconstrução das infraestruturas de Kiev, que havia sido devastada pelos bombardeios.

Reencontrar-se numa nova comunidade

A adaptação a uma nova vida nem sempre foi fácil. Tetyana e Vasyl sentiram a tristeza de deixar para trás a comunidade acadêmica de Kiev e seus planos. Contudo, a nova cidade começou a oferecer oportunidades. “Encontramos pessoas com interesses semelhantes na Universidade de Uzhhorod e redescobrimos o prazer pela literatura”, compartilha Tetyana. Embora seus filhos e neta tenham retornado a Kiev, o casal começou a se sentir parte da comunidade, participando ativamente da catedral greco-católica, que se tornou um segundo lar para eles.

“A religião nos trouxe calma e força. Sentimos uma conexão profunda com a nossa nova comunidade e a liberdade de expressar nossa espiritualidade”, acrescenta Vasyl. A frequência às missas, aulas de catecismo e eventos culturais se tornaram um refugio para o casal, permitindo que transformassem a ansiedade da guerra em esperança e espiritualidade.

O voluntariado como apoio psicológico

Ao se estabelecerem em Uzhhorod, Tetyana e Vasyl se depararam com uma nova possibilidade de envolvimento: o voluntariado com a organização “A árvore da minha vida”. Este projeto beneficia deslocados e veteranos, promovendo apoio psicoemocional vital em tempos difíceis. “Aprendemos a regular nosso estado emocional e recarregar nossas energias. Isso foi fundamental para nossa adaptação”, revela Tetyana.

O casal se envolveu em atividades que vão desde a confecção de redes camufladas para soldados até a preparação de refeições para veteranos em reabilitação. “Ajudar os outros nos traz alegria e significado”, enfatiza Vasyl. O amor que compartilham se reflete em suas ações, mostrando que, mesmo em meio à adversidade, é possível encontrar maneiras de contribuir positivamente para a comunidade.

O amor como fonte de resiliência

A paixão do casal por Uzhhorod e pela sua cultura local é evidente. “Aqui encontramos frutas saborosas e uma rica diversidade cultural. Não conseguimos mais imaginar nossa vida sem ‘A árvore da minha vida’, que se tornou nossa nova família”, afirmam juntos. O amor e a solidariedade que cultivam são evidentes em cada interação, ressaltando a força da conexão humana em tempos de crise.

A história de Tetyana e Vasyl é um lembrete poderoso de que, mesmo em momentos de desesperança, o amor e a comunidade podem proporcionar suporte e força. Neste Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, sua narrativa inspira não apenas aqueles que vivem situações semelhantes, mas todos nós, mostrando que a resiliência é moldada pelo afeto e pela ajuda mútua.

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