Durante o Angelus do 17º Domingo do Tempo Comum, o Papa Leão XIV enfatizou a importância da oração do Pai-Nosso como um convite à fraternidade e ao amor entre os cristãos. Num momento de reflexão, o Papa lembrou que a forma como nos dirigimos a Deus como “Pai” traz consigo a responsabilidade de nos comportarmos como irmãos uns com os outros.
A importância do Pai-Nosso na vida cristã
Em sua homilia, o Santo Padre iniciou por destacar a beleza das palavras “Abbá”, que significa “paizinho”, a maneira como Jesus nos convida a interagir com Deus. Segundo ele, essa invocação infantil deve ser acompanhada de simplicidade, confiança e ousadia, permitindo que nos sintamos verdadeiramente amados. “Não se pode rezar a Deus como ‘Pai’ e depois ser duro e insensível para com os outros”, disse o Papa. Em sua mensagem, a natureza da paternidade de Deus é ressaltada através de imagens que ilustram o cuidado e a solicitude do Pai celestial.
Refletindo a bondade de Deus em nossas ações
O Papa Leão XIV lembrou que, ao rezarmos a oração do Senhor, somos convidados a deixar que a bondade, paciência e misericórdia divinas transformem nosso coração. Ele declarou que a oração é uma oportunidade para que reflitamos o amor de Deus nas interações diárias, estabelecendo um compromisso genuíno em amar uns aos outros. “Hoje, a liturgia nos convida, na oração e na caridade, a nos sentirmos amados e a amar como Deus nos ama,” reiterou o Papa, pedindo que a congregação se abrisse para viver essa mensagem de amor e compromisso.
A confiança em Deus nas dificuldades
Em sua mensagem, Leão XIV também abordou a necessidade de confiarmos em Deus, mesmo em momentos de sofrimento ou incerteza. O Papa citou o Catecismo da Igreja Católica, que ensina que “pela oração do Senhor, nós somos revelados a nós próprios, ao mesmo tempo que nos é revelado o Pai”. Ele destacou que, quando nos dirigimos ao Pai do Céu com confiança, podemos nos descobrir como filhos amados e, consequentemente, entender a magnitude do Seu amor por nós.
A espera e a resposta de Deus
O Papa reforçou que Deus nunca nos vira as costas, mesmo quando chegamos tarde ao seu chamado. Ele nos acolhe de braços abertos, independentemente das nossas falhas ou do tempo que levamos para nos aproximar Dele. “Deus nunca nos vira as costas quando nos dirigimos a Ele, mesmo se chegamos tarde para bater à sua porta”, afirmou o Papa. Com exemplos concretos, como uma amizade que requer auxílio em momentos inesperados, ele ilustrou como Deus se mostra presente em nossas vidas, sempre pronto para atender nossas preces.
A importância da caridade e do amor mútuo
Ao encerrar sua mensagem, o Santo Padre destacava que recitar o Pai-Nosso não é apenas um ato religioso, mas uma celebração da graça da filiação divina. “Exprimi-nos também o nosso compromisso de corresponder a esse dom amando-nos uns aos outros como irmãos em Cristo”, enfatizou. O Papa convidou todos a pedir a Maria que ajude a interiorizar essa chamada ao amor fraterno, que deve se manifestar em atitudes concretas de solidariedade e apoio mútua entre as pessoas.
Gerando uma reflexão sincera sobre a necessidade de nos amarmos como irmãos, o Papa encerrou seu discurso com um apelo à oração e à caridade. “Peçamos a Maria que saibamos responder a este chamamento”, concluiu, deixando a Praça São Pedro envolta em um sentimento renovado de amor e esperança.

Praça São Pedro – @Vatican Media