No coração de Serrana, São Paulo, uma usina inovadora tem dado um passo significativo para a prevenção de incêndios florestais. Com a utilização de inteligência artificial, a empresa monitora diariamente mais de 550 mil hectares de plantação de cana-de-açúcar e áreas vizinhas, buscando detectar possíveis focos de incêndio antes que eles se tornem incontroláveis. Esta estratégia não só visa proteger recursos naturais, mas também assegurar a segurança e a integridade das operações da usina.
Como a inteligência artificial atua no monitoramento
A vigilância remota é realizada por câmeras de alta tecnologia que conseguem identificar até mesmo os menores sinais de fumaça ou fogo. Essa tecnologia proporciona um monitoramento eficaz, onde as imagens são acompanhadas em tempo real em uma central de controle. Quando um padrão suspeito é detectado, um alerta é automaticamente emitido.
De acordo com Daniel Alves, gerente de logística e tecnologia da usina, o sistema é capaz de compreender padrões gráficos, como a coloração da fumaça e efeitos da luz. “À medida que a inteligência artificial é utilizada, ela se aprende a ter cada vez mais precisão na identificação de potenciais focos de incêndio”, relata Alves.
A importância da rapidez na resposta
Uma das principais vantagens dessa tecnologia é a agilidade no combate aos incêndios. Assim que um foco é confirmado, a brigada de incêndio da usina é acionada imediatamente, permitindo uma resposta rápida e eficiente. “Quanto mais rápido formos ao encontro da situação, maiores são as chances de sucesso no combate às chamas”, acrescenta Alves.
O uso da inteligência artificial não apenas facilita a identificação rápida de incêndios, mas também garante que os recursos sejam alocados de forma eficaz e eficiente. Com essa abordagem, a usina tem conseguido reduzir consideravelmente o tempo de resposta, resultando em um combate mais coordenado e eficaz.
A função da equipe de monitoramento
Uma das profissionais que desempenha um papel importante neste sistema é Angela Maria dos Santos, assistente administrativa. É ela quem recebe os alertas que aparecem na tela do computador e aciona a brigada de combate. “Analiso se o fogo é uma ameaça real, e em caso afirmativo, localizo o ponto exato onde o alerta foi gerado”, explica ela.
Esse modelo de operação demonstra como a tecnologia pode ser aliada na preservação do meio ambiente e na melhoria das práticas agrícolas. A atuação em tempo real e a precisão no monitoramento contribuem significativamente para um gerenciamento de risco mais eficaz, tornando a usina um exemplo a ser seguido por outras na região.
Desafios e futuro da tecnologia na prevenção de incêndios
Apesar dos avanços, a equipe da usina enfrenta desafios, principalmente em épocas de estiagem, onde o risco de incêndios se torna mais elevado. Este cenário foi agravado pelo recorde de incêndios registrados em 2024, momento em que Ribeirão Preto anunciou um plano de contingência para mitigar os efeitos da estiagem e proteger as áreas agrícolas.
Entretanto, a combinação de monitoramento humano e tecnologia de ponta dá esperança a essas comunidades e promove uma mudança significativa na forma como os incêndios são tratados. A usina de Serrana é um exemplo claro do potencial da inteligência artificial na criação de práticas de prevenção que podem ser replicadas em outras regiões do Brasil e do mundo.
Por meio dessa iniciativa, a usina não apenas protege seus próprios interesses, mas também contribui para a preservação da biodiversidade e do meio ambiente, demonstrando que a tecnologia é um aliado indispensável na luta contra os incêndios florestais.
Para mais detalhes sobre esta e outras iniciativas na região, confira o que está acontecendo em Ribeirão Preto e sua área circunvizinha.
