Documentos recém-desbloqueados pela Polícia de Moscow trazem revelações sobre o brutal assassinato de quatro estudantes da Universidade de Idaho, além de fornecer insights perturbadores sobre Bryan Kohberger, condenado pelo crime, cuja motivação ainda é um mistério não resolvido.
Detalhes chocantes da violência e passos da investigação
Os registros detalham a violência extrema dos ataques, com duas vítimas sendo esfaqueadas dezenas de vezes. Goncalves foi disfigurada após mais de 20 ferimentos e Kernodle sofreu mais de 50 golpes, muitos de defesa, indicando que tentou se proteger.
Além disso, a polícia descobriu Kohberger logo após a execução dos crimes, após uma entrega de delivery na noite do crime. Uma motorista de DoorDash relatou ter visto uma mulher olhando da janela do terceiro andar, enquanto uma câmera de segurança flagrou o carro de Kohberger entrando na mesma área pouco depois da entrega.
A chegada do suspeito e o medo dos sobreviventes
Na madrugada de 13 de novembro, a sobrevivente Dylan Mortensen viu um homem mascarado na casa, descrição que ajudou a identificar Kohberger posteriormente. Ela contou que, na época, estava alcoolizada e achou que poderia estar sendo vítima de uma brincadeira de irmão de fraternidade.
O relato de Mortensen evidencia o medo brutal sentido na ocasião. Ela descreveu sentir-se aterrorizada, sempre planejando como escapar de uma possível ameaça, enquanto o outro roommate, Bethany Funke, também confirmou que ambas estavam grogues e assustadas.
Demora para chamar a polícia
Apesar de terem visto o homem mascarado, as jovens não chamaram a polícia imediatamente. Funke e Mortensen só pediram ajuda após checarem o estado do restante do grupo no dia seguinte, o que levantou questionamentos sobre a análise do momento em que Kohberger poderia ter fugido ou ficado na casa.
Investigação digital e avanços na busca pelo assassino
Autoridades solicitaram informações a empresas como Google, Tinder e Reddit. Uma análise envolveu buscas por termos relacionados ao crime, incluindo palavras específicas ao endereço e à cena do crime, além de expressões genéricas como “murder Moscow” ou “luz do crime na universidade”.
Também houve pedido de dados à T-Mobile sobre dispositivos na área próxima à residência. Kohberger afirmou às autoridades que soube do crime por um alerta no celular, enquanto investigadores rastrearam sua localização antes e após o assassinato, sem, no entanto, conclusões definitivas sobre seu envolvimento direto.
O perfil de Kohberger e suas conexões com o caso
Relatos de colegas na Universidade de Washington indicam que Kohberger apresentava comportamentos obsessivos, além de ter conflitos com mulheres. Um funcionário da faculdade relatou que ele teria ofendido várias alunas, e um colega apontou que usava seu cargo de assistente de ensino para interagir de forma inadequada com estudantes femininas.
Amigos e familiares descreveram Kohberger como inteligente, porém egoísta e obsessivo. Testemunhas na prisão relataram que ele lavava as mãos diversas vezes ao dia e tomava banhos longos, sinais de comportamentos compulsivos.
Incertezas persistentes e a questão que permanece sem resposta
Apesar de todas as evidências, a motivação de Kohberger continua desconhecida. A polícia destacou que a escolha do local do crime foi intencional, mas ainda sem entender o porquê, reforçando o mistério que cerca o caso.
Não há conexão conhecida entre Kohberger e as vítimas nas redes sociais ou na investigação digital, o que levanta a dúvida principal: por que esse grupo específico foi alvo? Os investigadores também questionam por que Kohberger poupou as moradoras sobreviventes, uma incógnita que permanece sem resposta.
Perspectivas futuras
O acusado recebeu uma sentença de prisão perpétua sem direito a liberdade condicional nesta semana, após julgamento que resultou na condenação. Os documentos revelados esclarecem detalhes do procedimento policial, a brutalidade do ataque e os comportamentos do criminoso, mas deixam uma questão fundamental sem resposta: qual foi o real motivo do crime?
A polícia declarou que a razão da escolha do endereço ainda é um mistério, e que Kohberger não tinha ligação aparente com as vítimas. O caso continua a gerar especulações e investigações, enquanto a comunidade e as famílias aguardam respostas definitivas.
Fonte: Documentos da investigação da Polícia de Moscow | HuffPost | BuzzFeed
**Meta description:** Novas revelações do caso dos estudantes mortos em Idaho trazem detalhes assustadores, mas a motivação do criminoso ainda é um mistério.