Brasil, 27 de julho de 2025
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Especialista: aumentar a atratividade da paternidade é fundamental para combater queda de natalidade

Professor da Universidade de Virginia aponta que tornar a família mais atraente pode reverter tendência de baixa nas taxas de natalidade nos Estados Unidos

Washington, D.C. — Em meio a dados alarmantes do CDC que indicam o recorde de menor taxa de fertilidade na história dos Estados Unidos, o sociólogo e especialista em casamento Brad Wilcox defende ações para tornar a parentalidade mais atrativa no país. A queda nas taxas de natalidade é considerada uma crise societal que demanda atenção urgente.

Dados preocupantes sobre a fertilidade nos EUA

Conforme informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a taxa de fertilidade dos Estados Unidos atingiu o nível mais baixo em 2024, com apenas 53,8 nascimentos por 1.000 mulheres de 15 a 44 anos — um declínio de 1,4 em relação a 2023. A taxa de fertilidade ficou abaixo do nível de reposição, que é de aproximadamente 2,1 filhos por mulher ao longo da vida.

O estudo também revela que a natalidade entre mulheres de 15 a 34 anos caiu, enquanto as taxas para mulheres de 35 a 39 anos permanecem estáveis e para mulheres de 40 a 44 anos subiram 2%. Apesar da diminuição na taxa de fertilidade, o número de nascimentos no país aumentou ligeiramente 1%, totalizando 3.6 milhões de bebês em 2024.

A importância de tornar a parentalidade mais atraente

Wilcox, que dirige o Projeto Nacional de Casamento na Universidade da Virginia, afirma que o declínio na natalidade está diretamente ligado a uma diminuição do casamento, considerado um dos principais impulsores do aumento de nascimentos. “Estamos percebendo uma redução marcada nas taxas de natalidade, reflexo de mudanças sociais e econômicas”, comenta.

Segundo o especialista, para inverter essa tendência, é necessário promover mudanças em três áreas essenciais: primeiro, tornar o casamento mais acessível e atrativo; segundo, facilitar a aquisição de imóveis, especialmente para os primeiros compradores; e, por fim, reforçar a ideia de que ter filhos pode ser uma fonte de felicidade e realização.

Combatendo a percepção negativa sobre a parentalidade

“Muitos americanos hoje acreditam que ser pai ou mãe é um caminho para a infelicidade”, aponta Wilcox. “Porém, os dados mostram que não há grupo mais feliz do que casais com filhos, especialmente os que estão juntos há mais tempo.”

Para o especialista, a comunicação pública sobre os benefícios da parentalidade deve ser aprimorada. “Precisamos mostrar que a parentalidade é uma jornada de significado, propósito e felicidade, e não um caminho de sofrimento”, reforça.

Iniciativas governamentais e perspectivas futuras

Nos Estados Unidos, o governo tem implementado medidas, como o aumento do crédito tributário infantil em US$ 200 e o pagamento de um bônus de US$ 1.000, intitulado “baby bonus”, para incentivar nascimentos. Além disso, a administração Trump, que está no poder até o momento, apoiou esforços para ampliar o acesso à fertilização in vitro, conforme detalhes em uma ordem executiva.

Wilcox, que é convertido ao catolicismo e pai de nove filhos, destaca que o fortalecimento da família deve ser prioridade. “A sociedade precisa valorizar a parentalidade e mostrar que ela é uma fonte de alegria e realização, ajudando a reverter essa crise demográfica”, conclui.

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