O MMA brasileiro sempre foi sinônimo de grandes conquistas, especialmente na divisão peso pesado. Lutadores icônicos como Fabrício “Vai Cavalo” Werdum e Júnior “Cigano” dos Santos elevaram a popularidade da modalidade no país, sendo campeões do UFC. No entanto, desde a derrota de Werdum em 2016, a categoria parece ter entrado em um deserto de títulos. Mas, novos ventos sopram pela divisão, trazendo uma onda de jovens talentos dispostos a fazer história.
Marcus “Buchecha” Almeida: a estreia esperada
Um dos nomes em destaque é Marcus “Buchecha” Almeida, um renomado faixa-preta de jiu-jitsu que faz sua estreia no UFC Abu Dhabi neste sábado. Com 35 anos, Almeida traz um currículo impressionante com 13 títulos mundiais. Sua primeira luta no evento será contra o eslovaco Martin Buday, marcada para às 13h. “Meu adversário é muito experiente”, afirmou Buchecha, que pretende aproveitar suas habilidades no jiu-jitsu durante a luta.
Com um histórico de seis lutas pela organização asiática One Championship e cinco vitórias, todas por finalização ou nocaute, Buchecha está determinado a aumentar a frequência de suas lutas no UFC. “Pretendo fazer no mínimo três lutas por ano”, revelou o lutador, enquanto sonha com a disputa pelo cinturão, que está no horizonte de todos os competidores da divisão.
Jailton “Malhadinho” Almeida: perto do desafio pelo cinturão
Outro nome importante na categoria é Jailton “Malhadinho” Almeida. Com uma performance impressionante, ele já é considerado um dos principais candidatos a uma disputa pelo cinturão, dependendo do resultado de sua próxima luta contra o russo Alexander Volkov em 25 de outubro. “Sou o único dos melhores que ainda não disputou o cinturão”, disse Malhadinho, que está ajustando seu treino especificamente para enfrentar Volkov, um lutador conhecido por sua altura e envergadura.
A disputa pelo cinturão, especialmente em uma divisão onde se esperam mudanças significativas, está nos planos do baiano. Com 22 vitórias em 25 lutas, sua confiança para vencer Volkov é visível: “Depois dessa vitória, não tem como o UFC não me oferecer uma luta pelo cinturão”.
Uma nova geração de lutadores
O MMA brasileiro está passando por um processo de renovação, e lutadores como Walter Walker, irmão do veterano Johnny Walker, estão emergindo rapidamente. Apesar de um início difícil em sua carreira, Walker venceu suas últimas três lutas, todas por finalização. Com uma nova geração em ascensão, a categoria peso pesado está se tornando um novo campo de batalha para os talentos brasileiros.
De acordo com o jornalista especializado em artes marciais, Marcelo Alonso, “a categoria hoje está rasa em talentos, e a chegada de novos lutadores brasileiros como Tallison Teixeira, que impressionou na estreia, mostra que a organização está em busca de um novo ídolo para substituir Jon Jones”.
Fabrício Werdum, por sua vez, observa com cautela o surgimento de novos atletas. “Embora falte um pouco de experiência, essa nova safra de lutadores está vindo muito bem”, disse o ex-campeão, lembrando a importância de fatores como dieta e preparação física no sucesso dentro do octógono.
Futuro promissor para o MMA brasileiro
A crescente presença de talentos brasileiros na divisão peso pesado do UFC cria uma perspectiva animadora para o futuro do MMA no Brasil. Enquanto lutadores como Buchecha e Malhadinho estão determinados a alcançar o topo, o octógono se prepara para receber uma nova era de campeões brasileiros. Se a combinação de habilidade, estratégia e autenticidade continuar a fluir, cabe a essas promessas honrar a rica história do MMA no país e levar seu nome a novos patamares.