Brasil, 26 de julho de 2025
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Fluminense vê queda técnica sem Arias e corre por reposição

Três derrotas consecutivas preocupam torcedores; Fluminense busca reposição após venda de Jhon Arias.

O cenário não é animador para o Fluminense neste retorno ao futebol brasileiro. Com três derrotas consecutivas em seu currículo, a equipe trouxe preocupações para seus torcedores: apenas um gol marcado e cinco sofridos. O que poderia desencadear uma queda de desempenho tão acentuada em um time que, há pouco mais de duas semanas, surpreendeu ao chegar à semifinal da Copa de Clubes? A resposta pode ser um conjunto de fatores, desde o desgaste físico e mental até a dificuldade em suprir a ausência de Jhon Arias, negociado recentemente, mas que ainda não foi adequadamente substituído. Amanhã, a equipe terá uma nova oportunidade de mudar o rumo da situação em um confronto contra o São Paulo, no Morumbi, às 16h, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Desempenho abaixo da expectativa

A tabela de jogos não foi generosa para o Fluminense. Sob o comando do técnico Renato Gaúcho, a equipe enfrentou em sequência os três primeiros colocados do Brasileirão: Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras. Embora os jogos tenham sido realizados majoritariamente no Maracanã, a equipe não se aproveitou do fator casa, que historicamente é uma das forças do time. O treinador destacou que a concentração que sobrou durante o Mundial agora tem faltado nos jogos nacionais. Duas falhas individuais, de Fábio e Martinelli, foram cruciais para a derrota de virada contra o São Paulo, enquanto uma sequência de gols em apenas cinco minutos dificultou qualquer tentativa de reação contra o Cruzeiro.

A falta de Jhon Arias

Nesses últimos jogos, o Fluminense se viu forçado a se defender, especialmente no confronto contra o Flamengo, onde não conseguiu exercer controle sobre o jogo. Embora tenham mostrado qualidade em momentos específicos, como no primeiro tempo contra o Palmeiras e na segunda etapa contra o Cruzeiro, a ausência de Arias foi sentida. O colombiano, vendido ao Wolverhampton por 22 milhões de euros, era um destaque na equipe. A carência do setor ofensivo se tornou evidente, e a dupla Everaldo/Canobbio, apesar de esforçada, não conseguiu reproduzir a efetividade necessária.

Os números dão suporte à análise da importância de Arias: durante sua passagem pelos dois últimos Brasileirões, o Fluminense alcançou 18 vitórias, 9 empates e 12 derrotas, com um aproveitamento de 53,8%. No entanto, nos 13 jogos sem o meia-atacante, a equipe não venceu, acumulando apenas 3 empates e 10 derrotas, resultando em um alarmante aproveitamento de 7,7%.

Com AriasSem Arias
Jogos3913
Vitórias180
Empates93
Derrotas1210
Aproveitamento53,8%7,7%

Desafios para a reposição

A saída de Arias não pegou o Fluminense desprevenido. O desejo do colombiano de atuar na Europa já era conhecido, e existia um entendimento entre a diretoria e seu estafe para vender o jogador em uma proposta que fosse vantajosa. Contudo, a falta de uma reposição à altura representa um desafio significativo. O clube está de olho em Marino Hinestroza, do Atlético Nacional, que tem se destacado com cinco gols e sete assistências em 25 jogos nesta temporada. Entretanto, a negociação está complicada, pois o diretor esportivo do Atlético Nacional anunciou que propostas só serão consideradas no próximo ano, e Hinestroza se mostrou contente em permanecer no clube até 2028.

Adicionalmente, o Fluminense está em um momento propício financeiramente, não apenas pela venda de Arias, mas também pela quantidade substancial recebida com a premiação do Mundial de Clubes, totalizando 50,71 milhões de dólares (aproximadamente R$ 280 milhões).

O panorama atual no Campeonato Brasileiro

Atualmente em oitavo lugar no Brasileirão, com 20 pontos, o Fluminense encara um momento difícil, mas a situação na tabela não é completamente desesperadora. Com o próximo jogo contra o São Paulo, a equipe busca uma recuperação que possa revitalizar a confiança do torcedor e mantê-los na disputa por posições mais altas na tabela. Contudo, o alerta deve ser mantido ligado, já que a história do clube ensina que perdas significativas podem transformar uma temporada promissora em pesadelos, como ocorreu em 2008, quando o time perdeu jogadores-chave após um sucesso internacional.

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