Brasil, 26 de julho de 2025
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Asteroide 2024 YR4 pode colidir com a Lua em 2032

O asteroide 2024 YR4, antes visto como uma ameaça à Terra, agora preocupa cientistas por sua possível colisão com a Lua.

O asteroide conhecido como 2024 YR4, um grande bloco de rocha espacial, está fora de vista, mas continua muito presente na mente dos cientistas. Embora inicialmente tenha sido detectado como potencialmente em rota de colisão com a Terra, suas mais recentes observações revelaram uma trajetória que pode direcioná-lo novamente para um local inesperado: a Lua.

Origem e trajetória do asteroide

Descoberto no final de 2024, o asteroide 2024 YR4 parecia ter uma chance de impactar nosso planeta em 22 de dezembro de 2032. As chances de colisão variaram a cada nova observação, chegando a um pico de 3,1% em fevereiro, o que o tornou o asteroide mais arriscado já observado.

Observações de telescópios em solo e no espaço foram cruciais para que os astrônomos determinassem o tamanho e a órbita de 2024 YR4. Com medições mais precisas, os pesquisadores conseguiram descartar a possibilidade de um impacto com a Terra. As observações mais recentes, feitas no início de junho, melhoraram a previsão de onde o asteroide estará em sete anos em quase 20%, segundo a NASA.

A possibilidade de um impacto lunar

Agora, mesmo com a Terra a salvo, o asteroide YR4 pode ainda representar uma ameaça em 2032, quando pode colidir com a Lua. Este impacto seria um evento único, visível para a humanidade, porém, poderia também lançar partículas finas da superfície lunar em direção ao nosso planeta.

Embora a Terra não enfrente um perigo físico significativo com a colisão, a presença de astronautas ou infraestrutura lunar naquele momento pode estar em risco, assim como os satélites em órbita da Terra que utilizamos para navegação e comunicação.

Qualquer missão em baixa órbita terrestre também pode estar em trajeto de detritos, embora a Estação Espacial Internacional esteja programada para ser desorbitada antes do impacto potencial.

Preparações e consequências

Originalmente, YR4 serviu como um importante caso de estudo sobre por que os cientistas realizam o crucial trabalho de defesa planetária, que envolve a descoberta e o monitoramento de asteroides que podem colidir com a Terra. Agora, os astrônomos advertem que este asteroide pode redefinir os riscos que a área precisa endereçar, incluindo a monitoramento de asteroides que possam estar em rota de colisão com a Lua.

“Estamos começando a perceber que talvez precisemos expandir nosso escudo um pouco mais”, disse o Dr. Paul Wiegert, professor de astronomia e física na Universidade Ocidental, em Ontário. “Temos coisas que valem a pena proteger que estão um pouco mais longe da Terra, então nossa visão está, esperançosamente, se ampliando um pouco.”

Um evento inesperado

Pesquisadores estão avaliando o quanto de caos um potencial impacto lunar de YR4 poderia causar e se há algo que pode ser feito para mitigar isso. As medições sugerem que, se ocorrer tal impacte, ele poderá gerar uma quantidade significativa de detritos que se espalharão na superfície lunar, criando um espetáculo visual intrigante que pode ser observado da Terra.

Detritos do impacto, com tamanhos variando até centímetros, podem viajar rapidamente e alcançar a Terra em questão de dias a meses, resultando em uma intensa chuva de meteoros. Contudo, não há risco direto para a população na superfície, pois os fragmentos que eventualmente chegariam ao chão seriam pequenos o suficiente para não causar danos.

O futuro da defesa planetária

A história do YR4 destaca não só o trabalho em curso da defesa planetária, mas também a necessidade de sistemas de alerta precoce mais eficazes. A detecção do asteroide foi feita pelo sistema ATLAS no Chile, apenas dois dias após a sua passagem pelo nosso planeta, o que levanta preocupações sobre as limitações atuais nos métodos de monitoramento de asteroides. Telescópios futuros, como o NEO Surveyor da NASA, prometem melhorar a situação, permitindo que objetos mais próximos da luz do sol sejam facilmente detectados.

“Podemos aprender muito sobre como a superfície lunar responde a impactos, e se temos ferramentas para gerenciamento desses desafios, podemos desenvolver um plano de defesa mais eficaz”, diz Dr. Rivkin.

Enquanto aguardamos o retorno do YR4 em 2028 e a necessidade de continuar a vigilância ativa sobre asteroides, a esperança é que esta experiência fortaleça nossa preparação para cenários futuros, garantindo a segurança da Terra e do espaço ao nosso redor.

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