Na tarde desta sexta-feira, 25 de julho, grupos de apoiadores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se mobilizaram em diferentes pontos do Distrito Federal, promovendo buzinaços que chamaram a atenção de quem passava. As manifestações começaram por volta das 16h e contaram com motoristas exibindo bandeiras e cartazes em apoio à causa, pedindo “Fora Lula e Moraes”.
Principais vias tomadas por protestos
Os protestos se concentraram em algumas das principais vias da capital federal, como a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), BR-070, Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), Ponte JK e na subida do Colorado, que é uma das saídas do Plano Piloto. A adesão foi significativa, refletindo um clamor popular pela volta de Bolsonaro ao centro do debate político.
Esses atos fazem parte de uma série de mobilizações em apoio a Bolsonaro, que também foram registradas fora de Brasília. Na quinta-feira, 24 de julho, cidades como Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES) vivenciaram manifestações semelhantes, demonstrando o engajamento e a união dos apoiadores nas diferentes partes do país.
Novas mobilizações estão a caminho
Os apoiadores de Bolsonaro já estão organizando novos protestos para o dia 3 de agosto em diversas regiões do Brasil, incluindo Brasília e capitais de estados do Sul, como Florianópolis, Balneário Camboriú, Joinville e Porto Alegre. Cidades como Rio de Janeiro e Goiânia também estão na lista, mostrando que o movimento tem ganhado força e mobilização em várias frentes.
A resposta do governo e as restrições a Bolsonaro
Entretanto, a situação de Bolsonaro é complexa. No último dia 18 de julho, o ex-presidente foi alvo de uma operação da Polícia Federal, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Essa ação incluiu dois mandados de busca e apreensão e a imposição de várias medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição do uso de redes sociais e o recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 6h. Além disso, foi imposto o impedimento de sair de casa nos fins de semana e o veto ao contato com outros investigados, como o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho.
A decisão de Moraes seguiu a linha de investigação que aponta que Bolsonaro e seu filho teriam tentado pressionar governos estrangeiros, especialmente os Estados Unidos, a adotarem sanções contra agentes públicos brasileiros, assim como coagir a ação do STF. Após falas do ex-presidente à imprensa, Moraes cobrou explicações e deixou claro que há limites para as declarações que Bolsonaro pode fazer.
Defesa de Bolsonaro e medidas cautelares
A defesa de Bolsonaro, por sua vez, argumentou que o ex-presidente não descumpriu as regras impostas e solicitou esclarecimentos sobre o que ele pode ou não fazer dentro das limitações estabelecidas. Moraes, na última quinta-feira, reiterou que Bolsonaro pode conceder entrevistas, mas precisa respeitar a restrição de que tais declarações não podem ser publicadas em redes sociais.
O ministro ainda ressaltou que, apesar de ter havido denúncias de descumprimento da medida cautelar, o comportamento foi isolado e, por isso, a prisão do ex-presidente não foi decretada. Contudo, ele advertiu que novos descumprimentos poderiam resultar em severas consequências, incluindo a conversão da pena em prisão imediata.
Esses eventos revelam não apenas a polarização política no Brasil, mas também o fervoroso apoio que Bolsonaro ainda recebe de sua base, que se mantém ativa e mobilizada. Enquanto isso, a Justiça segue impondo limites para a sua atuação política, e o futuro das mobilizações permanece incerto, dependendo do comportamento do ex-presidente e das respostas dadas pelo sistema judicial.
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