O presidente francês Emmanuel Macron anunciou nesta semana que seu país reconhecerá oficialmente a Palestina como Estado independente na Assembleia Geral da ONU em setembro. A decisão gerou forte reação negativa de Israel e dos Estados Unidos, considerados aliados de longa data de Washington.
Reações contrárias ao reconhecimento francês
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a decisão de Macron “recompensa o terror e corre risco de criar mais um proxy iraniano, assim como Gaza virou”. Em resposta, o então presidente Donald Trump declarou que “o que Macron diz não importa”, ressaltando que a fala do líder francês “não tem peso”.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que “os Estados Unidos rejeitam fortemente o plano de Macron”. Segundo ele, a decisão “serve apenas à propaganda do Hamas e atrasa a paz”, além de ser considerada “uma afronta às vítimas do ataque de 7 de outubro”.
Potencial impacto na política do Oriente Médio
Macron justificou a decisão dizendo que “é essencial construir o Estado da Palestina, garantir sua viabilidade e, ao aceitar a sua desmilitarização e reconhecer Israel, contribuir para a segurança de toda a região”. A postura do francês foi apoiada por outros países que já reconheceram a Palestina, além do Hamas e da liderança palestina.
Reações e perspectivas futuras
Hamas saudou a iniciativa como “um passo positivo na busca por justiça para o povo palestino e o reconhecimento de seu direito legítimo à autodeterminação”. A decisão de França, porém, fez com que Israel e Estados Unidos reforçassem sua oposição, aumentando as tensões diplomáticas na região.
Especialistas avaliam que o reconhecimento por parte de Paris pode impulsionar outros países a seguir o mesmo caminho, ampliando o debate internacional sobre a questão palestina e o processo de paz no Oriente Médio.
Próximos passos
A expectativa é que, durante a reunião da Assembleia Geral da ONU, a questão seja amplamente discutida, podendo influenciar negociações multilaterais para uma resolução duradoura do conflito. A decisão de Paris também traz um novo capítulo à complexa política diplomática na região.